Começo a pedir contenção e serenidade a todos/todas que participam na campanha ao FC Porto. Sou, confesso, amigo de alguns familiares do Mestre, honro a amizade e não me agrada, este tom jocoso/insultuoso na família portista, que fará mossa no futuro e ninguém sairá bem… Nunca, em tempo algum, sinto que esta é a oportunidade e/ou oportunismo de tricas e desentendimentos pessoais na campanha.
Somos dragões! Não me agrada, como associado, o caminho que a campanha, bipolar, do FC Porto esta a tomar. É preciso despolitizar, despersonalizar e começar a falar de coisas sérias. Depois de ver algumas figuras sinistras a serem apresentadas…inenarráveis seres que não vão acrescentar valor ao clube, questiono o posicionamento, enquanto associado.
Gostava de votar no candidato pela descontinuidade e confiança que sempre me foi garantida. Confesso que me sinto traído. Não sou hipócrita e não faço fitas: confiança, mérito, gratidão é a minha aposta. Depois do que vi, na sexta-feira, pelo menos 4 figuras da direção são nocivas ao clube. Que fazer? Ainda não estou certo.
Quero que se borrifem os nossos adversários e quero vê-los, ainda, mais nervosos. Se por um lado desconfio de todos, mas todos os que o Luís apresentou a eleições, por outro, quero crer e confiar na abordagem “corrosiva” que o Presidente Pinto da Costa sempre fez, mas não com estas escolhas.
Sinto-me traído e, acima de tudo, triste pelo fim disto tudo. Agora sim, quero crer que estas escolhas ditaram o fim. Um campeão é sempre um campeão. Agrada-me, muitíssimo, os órgãos de comunicação social de Lisboa “darem corda aos bitorinos” pelo Luís porque deixam margem para perceber o que esta em cima da mesa. Querem, a todo o custo, que Pinto da Costa perca as eleições, mas será? Os portistas não tremem, nunca…muito menos, com a caneta na mão, caríssimos amigos. T
Todos temos AdN Porto. Por outro lado, estou a tento a tudo o que se passa, em campanha, dos candidatos: Luís foi passar na Páscoa ao Algarve, convencido que desagregando e desunindo, tira dividendos – é intencional a desunião que quer provocar – esqueceu, que não tem qualquer experiência em gestão desportiva, muito menos, em gestão de sociedades desportivas. É acionista? Não. O dinheiro que emprestou ao FCPorto, não foi pago com juros? Sim.
Não tenho dúvidas que a sua postura não será esquecida no dia das eleições. Mas tem de ir votar, não é só… aparecer para TV’s…. O Luís convidou, pelos vistos a pensar nas cotas, umas “chavalas” que nem sei se são do Porto, para o Conselho Superior que não dignificam o clube, muito menos a instituição.
É uma pirosice sem fim, entender um órgão consultivo como algo banal, tipo “croché”. Pinto da Costa sempre o fez com o convite a políticos que nunca lá punham os pés. Relembro o Senhor Luís que “No FC Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam, porque nunca chegam a existir.” — José Maria Pedroto. Não, meus caros, serei sempre grato ou acham que gerir um clube, como o nosso, é fácil. Todos, mas todos têm interesses pessoais em negociar seja o que for. Não fugimos disso e o que defendo é uma abordagem mais transparente, através das Assembleias-Gerais em que todos(as) podem participar.
Recordo os distraídos: a extinção do Salgueiros e o Boavista a vender os campos de treino…ótimos exemplos! Que agradeçam às boas gestões do passado. Recordo, aos mais distraídos, algumas frases da campanha que não são a “pele” do FC Porto: “As casas estão estranguladas porque os bilhetes vão parar a um grupo organizado de adeptos” – tem de estudar mais. “O FC Porto recorre à antecipação de receitas com fundos de pessoas relacionadas com candidatura de Pinto da Costa”; com Joaquim Oliveira, Antero, Raul etc, etc…O Luís anuncia Diretor do Desporto e fala do ciclismo: “Não temos intenção de voltar tão cedo…”. És um “lorpa” e quem te escreve os discursos não é portista.
Estás desatualizado, Luís. Precisas de reciclagem na Chechénia e acrescento como resposta, “O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol.” — José Maria Pedroto.
Desculpem, hoje, tive de trazer Pedroto, por toda a envolvência, que criou no FC Porto e por tudo o significa para nós. “É tempo de acabar com a centralização de todos os poderes da capital.” José Maria Pedroto.
Mas Pinto da Costa, com os Pinhos, os Dias e os Namoras é um tremendo tiro no pé, para quem estava indeciso. Investiguem porque estamos num beco sem saída. Senhor Presidente, traiu-me com estas escolhas que vão acabar com o clube e estarei cá para cobrar, porque “Largos Dias tem 100 anos”….
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”