Ontem, Kalle Rovanpera (Toyota) acabou a tarde em grande estilo. Vitória sobre vitória nas “especiais” da região centro – Mortágua, Lousã, Góis e Arganil. Hoje, no primeiro troço do dia, em Felgueiras 1, manteve a rapidez e voltou a ganhar.
A seguir, veio troço de Montim 1 e um pesadelo, com uma reviravolta (literalmente). O finlandês capotou e teve de abandonar. Sem danos físicos, felizmente
Assim que o seu Toyota, com o número 69, chegou ao Parque de Assistência, na Exponor, em Matosinhos, e o piloto soube que era recuperável, adiantou a O Cidadão “o carro está bem, caso não haja nada de especial, acredito que amanhã (domingo) estaremos em condições de regressar.”
Com Rovanpera de fora, Sebastien Ogier fez o que melhor sabe: vencer. O que aconteceu em todas as “especiais” que se seguiram ao acidente.
Ott Tanak foi o “ponta de lança” da Hyundai para bater-se com ex-campeão francês; imprimiu um bom ritmo, chegou a andar perto, mas, de “especial” em “especial”, ia perdendo tempo. Não conseguiu subir ao primeiro lugar da “geral”, mas segurou com toda a força o segundo, à frente do seu colega de equipa Thierry Neville.
WRC 2
Oliver Solberg/E. Edmonson (Skoda) partiram para a etapa de hoje na liderança, folgada, dos carros Rali 2. Mas uma desconcentração momentânea obrigou-o a desistir. Foi, também, no troço de Montim 1, onde Rovanpera capotou. Justamente ao passar pelo carro do finlandês, distraiu-se e saiu de estrada, danificando, definitivamente, o seu Skoda.
Depois, passou o Citroen C3 de Gus Greensmith/J. Andersson para a frente. Não aqueceu a posição. A dupla da marca francesa foi obrigada a desistir, por avaria, em Paredes 1.
Quem beneficiou com os abandonos foi Nikolay Gryazin (Citroen C3). O piloto russo acaba o dia na frente, seguido de Javier Solans (Toyota) e do irlandês Joshua MCerlean, em Skoda. Nesta categoria, outros dois favoritos também acabaram por desisrtir ao longo da tarde – Pierre Louis Loubet (Skoda) e Teemu Suninen ( Hyundai).
Portugueses
Dos portugueses presentes, Armindo Araújo (Skoda) continua a ser o melhor. Resistem ainda Ricardo Teodósio (Hyundai), Paulo Neto (Skoda), Hélder Miranda (Peugeot), Diogo Salvi (Skoda) e o estreanto Diogo Marujo (Peugeot)
Rally mantém-se no “Mundial”
A prova portuguesa do Campeonato do Mundo FIA de Ralis (WRC) vai continuar no calendário, pelo menos até 2026, após a assinatura de um novo contrato entre o Automóvel Club de Portugal (ACP) e o promotor do Mundial.
O ACP e o WRC Promoter confirmaram ontem a continuidade do Vodafone Rally de Portugal no Campeonato do Mundo de Ralis em 2025 e 2026. Carlos Barbosa, presidente do ACP, e Jona Siebel, diretor-geral do WRC Promoter, formalizaram o contrato na Exponor, no âmbito da 57.ª edição da prova.
“É um grande orgulho assinarmos o contrato para 2025 e 2026″, afirmou Carlos Barbosa. “É o reconhecimento de toda a qualidade organizativa do Rally de Portugal. Convém não esquecer que há 1.200 pessoas envolvidas na organização do rali, mais 600 agentes de segurança. É uma operação enorme e temos, consecutivamente, um dos melhores do rali do mundo. É importante agora termos um contrato a dois anos, até porque as Câmaras são parceiros importantíssimos do evento e agora podem prever os seus orçamentos para o rali, pelo menos até 2026”, destacou o presidente do ACP.
Jona Siebel, por outro lado, elogiou bastante a prova portuguesa, uma das mais emblemáticas do calendário: “Estivemos aqui na comemoração dos 50 anos do WRC, em 2022, e foi um sucesso. Este ano, tivemos aqui o fórum Beyond Rally e voltou a ser um sucesso. A vertente desportiva é sempre de alto nível e, além disso, temos uma grande abertura para estes eventos paralelos. Isso é muito importante para o desporto. E basta ver que temos um milhão de pessoas ao longo dos quatro dias do rali. É incrível. Estamos muito contentes com este acordo”, afirmou o responsável do WRC Promoter.
Jornalista