
Passava um minuto das 8 horas da manhã, quando Thierry Neuville (Hyundai) arrancava para o troço de Mortágua 1. E já podia adivinhar-se um dia quente o que, na realidade, veio a acontecer. O que talvez poucos previssem foi a mudança constante de líderes e, no fim da primeira ronda, havia seis pilotos separados por escassos 6 segundos. Não tenho memória (e os camaradas que consultei também não) de que alguma vez isto tenha acontecido no Rally de Portugal, com tantos pilotos a disputarem a primeira posição
As primeiras passagens do dia conheciam vencedores diferente – Neuville, Sordo, Katsuta – e as estradas iam sendo limpas. Os pilotos apresentavam uma queixa comum – o piso escorregadio. Na verdade, depois da super- especial da Figueira da Foz, “que parecia lixa”, como disse Rovanpera no final, os pneus estavam, com certeza, com fragilidades. Depois de poderem trocá-los, o que aconteceu em Arganil, ao fim de cinco troços, o ritmo mudou e a “dança” foi outra. E o finlandês deu o mote.
Com pneus novos, nem a temperatura alta incomodou Kalle Rovanpera; fez-se à estrada e não deu oportunidade à concorrência.
Assim, ao fim deste segundo dia,
1º Kalle Rovanpera/A. Johnston (Toyota) 52:51.4
2º Takamoto Katsuta/A. Johnston (Toyota) +0,1
3º Sebastien Ogier /V. Landais (Toyota) +3,1
4ºOtt Tanak/M.Jarveoja (Hyundai) +3,2
5ºTierry Neuville/ M. Widaeghe (Hyundai) +3,9
Por sua vez, a Toyota ocupa as três posições do pódio.
WRC 2
Na classe WRC2, para carros menos potentes e com pneus diferentes dos R1, Oliver Solberg/E.Edmondson( Skoda) fizeram o pleno e comandam a categoria com grande à-vontade.

Portugueses
Quanto aos pilotos portugueses, o dia foi de Armindo Araújo (Hyundai). Está na primeira posição, seguido de José Pedro Fontes (Citroen) e, em terceira, Pedro Almeida (Skoda).

O piloto tirsense, estava muito satisfeito com o carro, o que se notou no andamento. Mas também fortemente motivado para ser o “melhor português” como disse a O Cidadão
“ Podia ir mais depressa, mas queremos evitar quaisquer riscos; estamos a gerir para conseguirmos um grande resultado que é chegar ao final do rally e sermos a melhor equipa portuguesa.”
Do centro para o norte
A etapa de amanhã é extremamente complicada, pelo que Rovanpera tem de estar muito atento para não ser surpreendido. Prevê-se que as condições climatéricas sejam também muito diferentes das de hoje.
São troços muito técnicos e o de Amarante, com mais de 37 quilómetros de extensão costuma ser demolidor par as máquinas.
O início está agendado para as 8:05 e as classificativas de Felgueiras (8,9 km), Montim (6,7 Km), Amarante (37,24 Km) e Paredes (16 km) terão de ser percorridas por duas vezes.
O que eles disseram:
NEUVILLE/WYDAEGHE:
“Mantive o plano até ao fim. Esperávamos condições mais húmidas e mais aderência, mas estou muito contente com a minha manhã. Depois do shakedown não estava bem, mas agora sinto-me muito melhor. Tentei gerir bem os meus pneus.”
EVANS/MARTIN

Jornalista