Recentemente, fui desafiado a definir 3 objetivos, que se pudessem aplicar à generalidade dos portugueses, para serem assumidos em 2025, no âmbito das finanças pessoais.
A resposta ao solicitado, é o que constitui esta minha crónica, neste último mês do ano, que, para mim e com satisfação, também marcou o início da colaboração com este jornal, a quem desejo, assim como aos seus colaboradores, umas boas festas e um excelente 2025!
Nas finanças pessoais, é unânime concluir-se, que é fundamental a criação de um Fundo de Emergência, para ser utilizado perante uma necessidade, face a eventuais reduções de rendimentos inesperadas ou despesas adicionais. O montante deste fundo, depende de vários fatores como a idade, a capacidade de poupar e o património, da existência de seguros, da diversificação dos rendimentos e do tipo de gastos. Para um trabalhador por conta de outrem, constituir um fundo de emergência equivalente a 6 meses de despesas, será bastante razoável.
Muito importante! O Fundo de Emergência deve estar constituído em ativos financeiros, habitualmente definidos como não tendo risco e com liquidez imediata, para que estejam sempre disponíveis e não sujeitos a menos valias, em caso de necessidade urgente.
Para quem tem empréstimos em vigor ou pondera vir a ter, será também um bom objetivo, conseguir que a sua taxa de esforço não ultrapasse os 35 %. Esta é, genericamente, a percentagem máxima que se aconselha, que um agregado familiar deve ter alocada às prestações dos seus empréstimos, face ao valor líquido dos seus rendimentos. Sendo uma ponderação genérica, tem de ser equacionada, de acordo com o rendimento global de cada um. Com esta taxa de esforço para os empréstimos, o montante que fica disponível para outros gastos, não é o mesmo para um agregado familiar que tem um rendimento líquido mensal de 6.000 euros ou de 3.000 euros…
Para quem, neste momento, tem uma taxa de esforço superior, fique a saber que se podem tentar encontrar soluções, para que se procure ajustar esse valor. Procurarei abordar este tema, em próximas crónicas.
Como último objetivo para 2025 e este a título muito pessoal, sou dos que entende, que faz todo o sentido, mesmo para os ainda mais jovens, com capacidade de aforro, criar o seu pilar individual de poupança, para preparar a sua reforma. Este tema é muito relevante e daria para mais algumas crónicas como esta. Para já, fica o desafio, também com a certeza de que para se assegurar uma boa reforma, não basta poupar, sendo fundamental que o dinheiro poupado “trabalhe” para nós… Mais um tema para abordar no futuro.
Caro leitor, acabo a desejar que o Natal tenha tudo o que mais traz felicidade a cada um de nós e que 2025 seja um excelente ano, também para as finanças pessoais, eventualmente, com novos desafios…
Economista Conselheiro e Consultor