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Quinta-feira, Janeiro 23, 2025

Pizarro não é um cromo. É do Porto – Por Amaro F. Correia

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Amaro F Correia
Amaro F Correia
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro " Governação e Smart Cities"

Não sou filiado em nenhum partido e apoio candidatos conforme os programas e os intervenientes que leio e analiso. Não sou amigo pessoal de Manuel Pizarro, apesar de o conhecer e criticar, politicamente, quando devo, mas nunca desconsiderando a sua vontade em Ser Presidente da Câmara Municipal do Porto.

O meu percurso na política é livre e todas as vicissitudes do mesmo, que explico em detalhe quando for questionado – tal qual como a história do Picador que sobe, sobe como um balão, à custa do Estado – tem justificação. Nunca tive receio de nada, muito menos, medo… Sou filho de pai socialista, convicto, que sempre respeitei. Nunca pedi favores pessoais e nunca subirei, na horizontal, em qualquer circunstância. Nunca estarei à venda, nunca! Acredito em pessoas e em projetos. Nunca me revi na escolha do PSD (Cromo 1 (C!)(2001)) para a cidade, nos últimos 23 anos e deu o que deu: mentiroso compulsivo que acolhi como Presidente, sem alternativa, porque tinha interesse comunitário na Prelada. Nada mais. Depois, quem conhece o percurso, que não é político, muito menos pessoal, voltado totalmente para a comunidade, sabe que apoiei Luis Filipe Menezes, em 2013, (sem arrependimento), ao Porto. Era um projeto mobilizador, integrador e de seculo, na evolução para uma cidade de futuro. Porto Forte (melhor possibilidade que o Porto teve no Milénio, de crescer), uma candidatura ferida, covardemente, pela escolha pessoal do C1 no Cromo 2(C2) que na altura, não passava de um “morto execrável” (conforme era dito, pelo C1, nos bastidores), protocolarmente. O C1 reabilitou o C2, potenciou a candidatura, escondendo-se, como sabia, em artifícios políticos e sem futuro.

A política da terra queimada que o PSD validou. Valeu o que valeu: ganhámos na Prelada um parque de 1 hectare (Engº. Rui Sá); o viaduto Xangai, abandonado e muitas ofertas da CMP, para o espaço publico. Opção estratégica, mas consciente. Não me arrependo e os meus amigos da Prelada, Jorge Silva, Paulo Coelho, Maria Emília Madureira, entre outros, foram cúmplices e apoiantes da estratégia (amigos para a vida). Quanto à Junta de Freguesia de Ramalde e ao seu Presidente, na altura oculto e foi mais do mesmo, durante os mandatos: oculto; como convêm. Não percebi os ramaldenses porque votaram no oculto, mas votaram.

Como democrata, aceito os resultados, mesmo sendo disparatados. Este caminho, assumido, teve custos pessoais e profissionais: perseguição “desalmada”, pidesca do C1 que não passou disso mesmo (gostava de o fazer à sua boa tradição – recordo como prova: sem-abrigo, arrumadores no monte em Paços de Ferreira, abafados pela CS, entre outros); (Galego promovida; Guedes, na espreita e o Teixeira, (ganhava mais do que o C1) eram a dream team, perfeito). A AP serve para isto mesmo. A imprensa de investigação, dita livre, nunca fez o que deveria já que são dinheiros públicos.

O Ministério Público estava como sempre, a dormitar, no “bom caminho”… Tenho consciência que não mudo o sistema, mas lutarei. Faltam analisar as famosas contas: boas contas do Circuito da Boavista e a mentira insistente da construção do Parque da Cidade (ganhou a eleição com uma mentira). Afinal, existe construção. E assim se ganham e se perdem eleições, com mentiras compulsivas. Quem mente uma vez, mente sempre. Um cromo, como este, será sempre um cromo. A cidade perdeu, a região perdeu, o AdN Porto foi-se e este cromo ainda teve a lata de se candidatar a Primeiro-Ministro. Valha-nos que o povo português teve mais juízo do que os portuenses.

O líder da bancada do PSD atual, (não sei o nome) deveria ter vergonha na cara, antes de pensar em cromos…. porque é um bitaiteiro que não acrescenta nada. Manuel Pizarro. Pizarro, se não cometer o erro na escolha de personagens que fizeram parte da sua última lista, tem possibilidades. Pizarro tem de escolher gente credível, independente, fora do partido e deixar os tachos para um 2º mandato. Se escolhe gente mobilizadora e com qualidade aceito a sua vontade e o seu desígnio. Boa comunicação, marketing e acima de tudo, excelentes propostas, tenho a certeza que conseguirá.

O PS ainda não joga, porque não sabe, neste tabuleiro do marketing. É a sua última oportunidade. Um Presidente da CMP deve ser uma figura agregadora, representativa do Norte com projetos de AMP e integradores. Os mandatos do C2 reverteram na revenda compulsiva da cidade a preços exorbitantes. A cidade perdeu o AdN com um custo irrecuperável: não existiram propostas de futuro na mobilidade, na habitação, no urbanismo, no turismo, em nada. Tudo à bolina. O C2 que o PSD escolheu para o Porto, encapotadamente pelo C1, estagnou o Porto em 25 anos. Hoje: a cidade cresceu, em emigração; a cidade cresceu, em número de residentes estrangeiros. Um engodo para o futuro porque os mesmos sairão sem acrescentar valor.

Como portuense, preciso de uma cidade planeada, com estratégia e de um candidato que queira assumir o Porto, como projeto de vida, mesmo quando não puder ser candidato. O Porto precisa de projetos e líderes de futuro. Não concordei com a gestão do SNS no tempo de Manuel Pizarro, mas não tem a ver com a sua potencialidade como candidato ao Porto. Bem-vindo Manuel Pizarro. Para já acredito, que o cromo impingido pelo PSD à cidade, em 25 anos, os fez aprender. Aguardemos! Desejo um excelente ano.

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