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Domingo, Julho 13, 2025
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Um equívoco do Cardeal Américo Aguiar

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Cidadão Jornalista é uma coisa perigosa devido à avalanche de “fake news”, a democracia necessita de uma comunicação social sutentável e live.” – afirmou o Cardeal Américo Aguiar, na Câmara Municipal do Porto, durante a apresentação do Anuário da Lusa. Disse ainda “Respeito quem aprecia o Cidadão Jornalista, mas eu não aprecio porque é perigoso (…) A tarefa do jornalista e fotojornalista implica um Código Deontológico (…) tem regras, limites, linhas vermelhas.”

A questão pode ser, apenas, de nomenclatura, mas o Cardeal toca num ponto surreal. Quem são os Cidadãos Jornalistas? Essa figura existe? Alguém assim se intitula? Claro que não! Ainda não!  D. Américo está equivocado. 

Com todo o respeito pelas suas opiniões – dele e de toda a gente – temos de repudiar algo que vai confundir as pessoas. Com a responsabilidade que tem, D. Américo deveria ter algum cuidado com o que afirma. Há bons e maus profissionais. Em tudo. Definir um alvo quixotesco, associar uma atividade que não existe para associá-la às “fake news” parece-me leviano e intelectualmente desonesto.

As notícias falsas são uma praga, vírus maligno na democracia. Quem as difunde e viraliza vai sendo identificado pouco a pouco – há “fábricas” delas nas redes sociais. E alguns criadores também vão sendo descobertos. A grande maioria dos que as tornam virais são os cidadãos comuns , utentes dessa redes sociais. Por maldade, ideologia, ódio ou, muito simplesmento, por ignorância e falta de cultura mediática.

“O Cidadão” orgulha-se de criar a figura – ainda está no início – do Cidadão Jornalista.

Serão o garante do jornalismo de proximidade – do bairro, da rua, da freguesia, das pequenas associações,  empresas e de gentes valorosas que seriam exemplo para todos e passam, injustamente, desapercebidas. A defesa da democracia, da equidade, da liberdade de expressão e o jornalismo de proximidade precisam muito deles. 

Note-se que não refiro redes sociais – nem me atrevo, agora, a discutir o que por aí se passa! Refiro-me a jornais e outros orgãos de comunicação social onde trabalham jornalistas.

Nós, em “O Cidadão”, privilegiamos Cidadãos Jornalistas! Formados e monitorizados por jornalistas ( com Carteira Profissional!), que lhes incutem, sempre, a necessidade social e jurídica de repeitar a Lei de Imprensa e o Código Deontológico. E o editor (jornalista), faz o resto.

No seguimento desta formação e estágio, a inscrição como “Colaborador”, no Sindicato dos Jornalistas, de modo a terem acesso a todas as fontes.

Assim, seguramente, os Cidadãos Jornalistas que tanto preocupam o Cardeal, não são os   nossos. Mas as suas palavras parecem exageradas para um homem que teve a responsabilidade da Resnascença Media. 

D. Américo sabe que as generalizações também são -muito! – perigosas. Quem quer lutar contra as notícias falsas – nós queremos e lutamos – deve usar rigor e não deixar que um…falso conceito se generalize.

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