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Quinta-feira, Abril 24, 2025

Uma dose de borrego – Por Miguel Correia

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Algures nos cantos mais escuros e sombrios, ainda há indivíduos que defendem o culto do “macho-latino” e acreditam, com a força toda, que o instrumento que o Criador lhes deu serve para a pouca-vergonha e não para urinar, enquanto não acertam com a sanita. Para eles, os engatatões do passado, é o lema de vida e, enquanto “aquilo” funcionar, trabalho não falta.

Porém, queiramos nós aceitar (ou não) a sociedade mudou radicalmente! As minorias, num gesto de prepotência e arrogância, pintaram o mundo com cores diferentes. Os comportamentos alteraram-se por decreto político e, com todas estas mudanças, subverteram as regras de um jogo milenar: o engate. O mesmo que agora já não tem piada. A Natureza guarda em si verdadeiros e sublimes actos de sedução e acasalamento. Os machos, na presença da fêmea, mostram os seus dotes num jogo de sedução – cujo resultado final todos nós sabemos qual é! Contudo, por estes dias, o homem não compreende a razão do afastamento da mulher. Impedido de lançar piropos, dar elogios ou conversar com estranhas, ficou sozinho e perdido num jogo que deveria ser a dois. Infelizmente, o macho deixa-se levar pelos desejos sexuais em vez da inteligência e, claro está, quando o cérebro é desautorizado (por outro órgão) a desgraça está iminente…

É verdade que por alturas da Páscoa, os católicos pedem ao Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo. Mas, se bem me lembro, nunca disseram como faria ele tal façanha. Talvez por isso, desespero ou completa insanidade, um indivíduo de 40 anos, tenha sido encontrado, sem sentidos, e abraçado a uma ovelha morta. Havia indícios de violação. Tal como o herói desta crónica, a ovelha estava ensanguentada na zona do órgão reprodutor. Polícia e socorristas que acorreram ao local, pasmaram-se com tal cenário macabro. O artista, depois de voltar a vestir as calças foi colocado na ambulância onde, ao fim de manobras de alguns minutos, voltou a acordar do desmaio a tempo de recusar ser conduzido ao hospital.

Sempre fui ensinado a não brincar com a comida. Aparentemente, nem todos seguem este conselho. Não há mais detalhes sobre esta forma de preparar o borrego, nem sequer se a dose foi bem aviada. O que sei, tendo em conta o que escrevi no início da crónica, existe um desespero gritante por actividade de bolinha vermelha no ecrã e, lá está, um olhar mais profundo; um balir mais sedutor; o toque fofinho do pelo encaracolado, semelhante às permanentes das senhoras, causou confusão na mente do nosso “oviolador”. E, tal como no refrão da música popular: “Nós, pimba!

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