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Terça-feira, Setembro 17, 2024

Sealy Season “chamem o gregório…”

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Amaro F Correia
Amaro F Correia
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro " Governação e Smart Cities"

Nós, o povo, temos de “alapar” esta gente que nos governa. Esta malta da politica não têm emenda e não aprendem. O Primeiro-Ministro (arreganha a taxa), ocupadíssimo, “manda uns bitaites” a propor tudo o que é light, para evitar eleições e vai uns dias ao Algarve.

Perfeito, só que depois aparece num resort de luxo no Brasil, de um amigo, que pelos vistos não cumpre, como administrador do SNS, as suas principescas e bem pagas funções.

Cumpriu menos de 70% do programado. Onde já vi isto? Já teve vários avisos sobre os amigos convidados, no passado, e a barraca que deu… No entanto, a função pública, segurança, médicos, professores estão em transe, a propor greves que prejudicam o país profundo. Proponho reflexões, antes mesmo de me impingirem uma catrefada de greves que só prejudicam quem tem poucos recursos económicos, ou seja, perto de 4 milhões de portugueses.

Desculpem o desabafo, mas mesmo em férias, não contenho a raiva de um país pobre, mal-amado, sem futuro, não porque não tenhamos portugueses de valor, mas porque esta “partidarite” compulsiva empurrou gente da política, sem valor, para a Administração Pública. 50 anos disto.

Antes de mais, a minha nota de desprezo total para o tema das gémeas: um Presidente hábil, que com os seus subterfúgios de comentador, consegue iludir a “cunha” de 4 milhões de euros  dos bolsos de todos nós e não tenho dúvidas, que o filho do presidente, astuto, no uso da prerrogativa…é assumidamente o culpado, com o Secretário de Estado (Sales). A montanha vai parir… um rato, mas querem que continue a pagar impostos. Já não me impingem o assunto miserabilista dos estádios do Euro/2004, da Expo/92, das JMJ, entre outros, nem de qualquer outro momento que proporcionou aos portugueses alguma alegria e esquecimento sobre impostos exagerados que pagam, para compensar salários principescos dos políticos.

Não, não vou bater na Função Publica, porque são os menos culpados. Médicos, professores, polícias, entre outros, fazem parte de um pacote que segura o Estado e precisamos, urgentemente, que os sindicatos refundem, em propostas de valor, para o futuro e não se resignem a discutir só aumentos salariais. Já percebemos que neste mês de Agosto não existem políticos, estão a banhos, a modos de retemperar forças para a rentrée que o mais tardar, em Setembro será feia e forte.

A floresta arde mas como fica muito longe das águas do mar, nada de preocupações, porque não sentem o cheiro. Vamos a propostas objetivas: desconto vitalício em todos os cargos políticos de 15% a serem aplicados, no aumento salarial e de condições destes profissionais. Que tal? Uma solução interessante. Mas tenho mais e o Chega não vai gostar. Redução integral, a metade, das bancadas parlamentares e dos seus apoios financeiros. Não precisamos de tantos e improdutivos. Redução em 20% das subvenções aos partidos. Redução em 15% às pensões vitalícias acima dos 5000€/mensais. Extinção, nas autarquias, da utilização de veículos por vereadores a “andar de cu tremido” com motorista, entre outros.

Em Lisboa e Porto a segurança das cidades deve ser, integralmente, feita pela PSP/Policia Municipal nas mesmas condições, antes das autarquias requisitarem os seus elementos aos quadros da PSP. Propostas exequíveis e que nenhum partido explora. Mas tenho mais propostas para abater as gorduras do Estado e estas gorduras, tem a ver com a “má gestão” das autarquias, mas não só. O povo paga e continuamos a assobiar. Sim, estou “a laurear a pevide” pelo Algarve, em Porches, terra que me acolhe há 30 anos, para uns dias descansados, longe da confusão….

Estarão a pensar que é a “terra”, pelo menos agora, do Chega e o sentimento é geral: emigração é um problema, mas também uma solução para os variados negócios que vão sobrevivendo, com parcos salários, a todos os que por cá escolhem para “saltar” à Europa. O que fazer? Simples. Não votar em partidos racistas, xenófobos e afins. Todos os cidadãos devem participar na vida democrática. E desengane-se o Chega, nas suas teimosias, sem fundo, porque o que sinto é que os algarvios precisam de ordem, segurança e sensatez nesta emigração sem controlo, mas não só: Pegões está igual. Porto Alto, Samora Correia, Porto, Lisboa…. sem diferenças. O Chega quer a todo custo um Referendo, porque sabe que quer manter a região do Algarve, mas será que o referendo é feito ao país ou só à região do Algarve? Estou, literalmente, a borrifar-me para os políticos deste país, sejam eles de que partido forem, até prova em contrário de preocupação, pelo povo. Mais não fazem, este mês, de induzirem “a migalhas” para conseguirem mais votos.

Um país que tem cerca de 4 milhões de pessoas dependentes do Estado, com reformas miseráveis, como pode ser feliz e livre? Por isso, é a sealy season no seu máximo expoente. É um déjà-vu atormentador, mas na minha opinião, quem realmente é culpado são os média, que quase não transmitem mais do que acidentes, crimes de “faca e alguidar” ou reportagens do tipo “encher chouriços”, às quais, como é do conhecimento, há muito que se encontravam à espera de uma oportunidade para serem publicadas, tal a sua importância.

Mesmo, à vista de todos, os poucos artigos de opinião são de uma pobreza confrangedora e importados de gente que, ideologicamente, tem muito pouco, muito menos imparcialidade. Vai daí, vivam as festas e as romarias que, apesar de serem cada vez menos, ainda vão, aqui e ali, alegrando o Portugal profundo e fazendo esquecer o que por aí se sente: SNS em crise; Insegurança; Ensino a definhar; PSP/GNR em ebulição; Forças Armadas estão para já “untadas” a tentar que isto não descambe.

Estou “com o toco” sobre isto e muito mais, e por isso, usei as expressões do Porto, “chamem o Gregório”, que já não aguento. Doutorado em Ciências da Informação (Sistemas e Tecnologias). Autor do Livro: Governação e Smart Cities, editado em 2019. (Facebook/email): Amaro F. Correia(1@gmail.com)

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