A iniciativa, dinamizada pela Câmara Municipal de Setúbal desde 2019, assumiu, este ano, uma configuração diferente da habitual.
Após um “open call”, através do qual a autarquia recebeu propostas de 27 jovens artistas da região, foram selecionados três projetos, destinados a conceber, por via de uma residência artística, um espetáculo evocativo da Revolução dos Cravos e que fosse enriquecido pela perspetiva atual da juventude sobre a data.
Com a mentoria e curadoria de Nerve, os três artistas convidados, Ya Sin, Meewa e Môrus prepararam ao longo de quatro dias, numa residência artística repartida pela Casa da Cultura e a Pousada da Juventude de Setúbal, um espetáculo de 40 minutos em que as músicas de intervenção de há 50 anos foram revestidas com novos ritmos e novas interpretações.
Ya Sin, nome artístico de Yacin Lopes, natural de Cabo Verde, a viver há vários anos na Amadora e que se prepara para lançar um novo álbum, move-se principalmente dentro dos géneros raggae, hip hop e R&B.
Natural do Pinhal Novo, Meewa é o nome com que Camila Silva sobe aos palcos, numa carreira que está a dar os primeiros passos dento do indie pop e R&B.
Môrus representa a dupla lisboeta Alexandre Moniz e Jorge Barata, capaz de explorar novos caminhos dentro do folk progressivo, gerando frequentemente uma fusão de folk/rock.
A residência artística resultou num Grito de Liberdade com 12 temas, em que cada projeto convidado interpretou, em conjunto, canções de intervenção conhecidas da história do 25 de Abril e dois temas originais de cada um.