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Terça-feira, Outubro 15, 2024

Festival de Música Folk da Maia decorre amanhã e sábado no Parque da Cidade Desportiva

A 4ª edição Festival de Música Folk da Maia, promovida pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia e com programação e produção das Trovas Soltas, vai decorrer entre os dias 13 e 14 de setembro no Parque Cidade Desportiva da Maia, com entrada livre.

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António Ferro
António Ferro
Músico/Colaborador

 

folk maia

A exemplo das edições anteriores, o Festival de Música Folk da Maia em 2024 apresentará artistas nacionais, durante dois dias. Na sexta-feira, 13 de setembro, os Trasga abrem o festival às 18:30, e pelas 21:30, os Andarilhos encerrarem o primeiro dia. No sábado, às 18:30, sobe ao palco Emmy Curl, e os Kumpania Algazarra pelas 21:30  encerram o festival.

O público poderá ainda usufruir de uma renovada zona de restauração de apoio ao festival.

No último dia do festival, a 14 de setembro pelas 10:30, será oferecida uma oficina de dança para o público infantil, para o qual os interessados devem inscrever-se através do endereço de e-mail infocultura@cm-maia.pt.

O programa da presente edição do Festival de Música Folk da Maia é o seguinte:

13 de setembro (sexta-feira)

Trasga – 18:30

Filho de “Los Gueiteiros de la Raia”, o TRASGA nasceu em 2006 em Constantim – Miranda do Douro, com o intuito de tocar músicas originais, utilizando exclusivamente a língua mirandesa e instrumentos característicos da região construídos por Célio Pires, como a gaita mirandesa, charamela, flauta com tamboril e sanfona. Também o rabel, pequenas percussões e alguns estranhos à região, como a bateria, o bouzouki ou a viola beiroa. O grupo atualmente é composto por Amadeu Soares, Xavier Rodrigues, Sérgio Martins, Ricardo Santos e Célio Pires.

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Trasga. Direitos Reservados

O repertório é todo composto de originais, muito baseado na crítica social e utilizando ritmos da região, fazendo com que os concertos ao vivo sejam muito divertidos e com boa energia. É o único grupo “Folk”, que faz um concerto do início ao fim com música original em língua mirandesa, tornando-o assim muito peculiar.

Andarilhos – 21:30

Banda de música tradicional Portuguesa, originária de Baião, Província do Douro Litoral, perto do Minho, Trás-Os-Montes e Beira Litoral. Desta mistura os conhecimentos e vivências do coletivo, juntamente com as recolhas tradicionais, sobem ao palco músicas da identidade e da tradição Duriense e Portuguesa, sempre com uma forte alma festiva.

andarilhos
Andarilhos. Direitos Reservados

Musicalmente, os Andarilhos recriam temas dos cancioneiros portugueses e criam originais, com base nas maiores referências de estilo e ritmo do território duriense, designadamente, a Chula, o Vira, o Malhão, a Cana Verde ou Fado Batido, sempre com um ambiente enérgico, misturado com os ritmos tradicionais de Zés Pereiras, em que a alegria de um povo é o fim último.

Os Andarilhos, eram em 1991, um grupo de amigos apaixonados pela música tradicional, que se juntavam alegremente para se divertirem e animarem algumas festas e romarias populares, no entanto, com a ambição de percorrer os caminhos da divulgação da Música Tradicional Portuguesa e do Douro em particular.

A partir de 1997, iniciam uma nova fase, apresentando-se em vários concertos, em diferentes localidades, com novos músicos, novas músicas, aperfeiçoando a sua sonoridade, alavancando desta forma a Banda para um patamar mais reconhecido nacionalmente, afirmando-se atualmente, como uma das poucas bandas que resistem a fazer música com base nas raízes portuguesas.

14 de setembro ( sábado)

Emmy Curl – 18:30

Emmy Curl, a talentosa artista multifacetada com quinze anos de carreira que nos encantou com os seus novos singles “Mirandum”, “Mudança” e “Botar Água na Vinha”, está de regresso aos palcos com o tão esperado álbum “Pastoral”. Emmy Curl, nascida e criada nas montanhas de Vila Real, traz à vida as antigas melodias do folclore transmontano e celta que durante muito tempo permaneceram esquecidos. A artista dedica-se a valorizar e a respeitar o património cultural português, incorporando o lado moderno e o seu estilo de interpretação nas complexas camadas rítmicas e harmônicas destas tradições. “Pastoral” é mais do que um álbum, é uma homenagem à herança cultural do folclore português, uma celebração de coragem e amor em tempos difíceis.

emmy curl
Emmy Curl. Direitos Reservados

Natureza e tecnologia, sonho e aventura, luz e sombra: é de dualidades, ou simbioses, que se faz a música de emmy Curl, a artista nascida como Catarina Miranda Trindade em Vila Real de Trás-os-Montes, na aurora da década de 90.

Desde as primeiras pegadas no areal da música portuguesa, com o Álbum gravado e produzido por ela com apenas 17 anos “Ether”, de 2007, que emmy Curl mostrou a singularidade do seu mundo, tão etéreo e delicado como aberto a desafios.

Na década que se seguiu, esta promessa cumpriu-se com as canções de “Origins”, um segundo EP lançado em 2012, e “Navia”, o álbum de estreia que chegaria três anos mais tarde, a bordo de uma caravela de inspiração lendária (Navia era a deusa dos rios e da água, na mitolgia galaica e lusitana).

Saltitando entre o inglês e o português, as canções de “Navia” foram aplaudidas pela revista BLITZ, pela Glam Magazine e ainda pelo site norte-americano Tiny Mixtapes, que evocou a memória de “Cantigas de Maio”, de José Afonso, nos elogios que lhe teceu. ØPorto, o segundo aguardado álbum da cantora, sai no ano em que a pandemia de 2020, começa o que deixou este maravilhoso trabalho com pouca atenção. Foi todo produzido pela própria e com várias e valiosas colaborações como Filipe Raposo, Vicente Palma, Fabiola Augusta, José Diogo Martins, etc. Em 2023 lançou o terceiro álbum “Pastoral”, onde explora ainda mais a fundo as tradições da música portuguesa e a sua sonoridade celta e pagã.

 

Kumpania Algazarra – 21:30

Os Kumpania Algazarra comemoram 20 anos de carreira em 2024. Esta sonora algazarra vagueia pelas músicas dos cinco continentes, transformando os sons em que toca numa festa ao estilo das fanfarras europeias. Saltimbancos, filhos da estrada e do vento, músicos em folia permanente submergidos num cocktail de música animada, as suas combinações de notas musicais formam um rendilhado de culturas, onde estão presentes, de forma conjugada ou separada, os sons balcânicos, árabes, latinos, africanos, o ska e o funk.

kumpania algazarra
Foto Kumpania Algazarra. Direitos Reservados

Os Kumpania Algazarra nasceram em 2004 nas ruas de Sintra, inspirados pela energia da folia e da boa disposição. Saltimbancos apaixonados, têm na sua música um aglomerado que vai do ska ao folk, do reggae aos sons dos Balcãs, dos ritmos latinos ao funk, e que faz deles uma das mais poderosas brass bands portuguesas.

 

 

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