19.8 C
Porto
23.9 C
Lisboa
20.9 C
Faro
Terça-feira, Setembro 17, 2024

Festival Vilar de Mouros 2024 – Foram quatro dias de música, memórias e magia

As mais lidas

António Proença
António Proença
Fotógrafo/Editor/Engenheiro Eletrotécnico

Conhecido como o mais antigo festival de música em Portugal, O Festival CA Vilar de Mouros teve a sua primeira edição em 1971, atrai uma grande variedade de artistas e géneros musicais, desde rock e pop até música eletrónica.

O festival, que acontece anualmente na pitoresca vila de Vilar de Mouros, é uma plataforma fundamental para artistas emergentes e consagrados. Proporciona uma experiência única para todos os participantes e teve na sua edição deste ano um alinhamento com algumas novidades que surpreenderam os festivaleiros.

Devido a alguns imprevistos que impactaram a agenda original, algumas mudanças foram necessárias para ajustar o cronograma. Uma das principais alterações envolveu o cancelamento da apresentação de uma das bandas mais aguardadas, Queens Of The Stone Age.

Josh Homme, teve de ser submetido a uma cirurgia, necessitando de cuidados médicos continuados. Por esse motivo, cancelou todos os espetáculos da sua digressão Europeia, impossibilitando a sua atuação na data prevista. Para compensar, a organização conseguiu reorganizar o programa, trazendo outras bandas de destaque para preencher o espaço deixado por este imprevisto.

O primeiro dia do Festival CA Vilar de Mouros 2024, realizado a 21 de Agosto, foi marcado por uma programação inteiramente dedicada à música portuguesa, com entrada gratuita para todos os visitantes. A abertura com artistas nacionais é, também, vista como um tributo às raízes do festival.

Fogo Frito, banda de Caminha, que abriu o evento, apresentaram canções do seu ainda recente e curto repertório. [ALBUM FOTOS]

20240821 0010 2
FOGO FRIO | Foto: António Proença

Seguiu-se o rock energético de The Legendary Tigerman. Paulo Furtado, o homem por trás do projeto, trouxe ao palco o seu estilo inconfundível, misturando rock, blues e garage rock. [ALBUM FOTOS]

20240821 00181 Edit
THE LEGENDARY TIGERMAN | Foto: António Proença

A noite continuou com performances de GNR, uma das bandas mais emblemáticas do rock português desde os anos 80. Rui Reininho, o carismático vocalista, com uma forte presença em palco, interagiu constantemente com o público ao longo de toda a atuação. [ALBUM FOTOS]

20240821 00500
GNR | Foto: António Proença

Em homenagem ao 10º aniversário da morte de Amália Rodrigues, o projeto Amália Hoje, apresenta-se como um tributo combinando elementos do pop e rock com o fado tradicional.

Criado pelo músico Nuno Gonçalves (The Gift) em colaboração com Sónia Tavares (The Gift), Fernando Ribeiro (Moonspell) e Paulo Praça apresentaram uma nova perspetiva sobre a obra da maior fadista de todos os tempos reforçando a capacidade de Amália Rodrigues em inspirar gerações e de continuar a ser uma figura central na cultura portuguesa décasdas após a sua morte. [ALBUM FOTOS]

20240821 00850
AMÁLIA HOJE | Foto: António Proença

A banda Delfins encerrou o primeiro dia com seus grandes sucessos, proporcionando momentos nostálgicos ao público. A energia contagiante de Miguel Ângelo, e a química entre os membros da banda foram destaques da atuação, que foi muito bem recebida pelos fãs. [ALBUM FOTOS]

20240822 01176
DELFINS | Foto: António Proença

O segundo dia do Festival CA Vilar de Mouros 2024 foi marcado por uma combinação intensa de metal e rock.

A abertura ficou por conta dos RAMP, que trouxeram trash metal para o palco. A potência dos seus riffs e a agressividade das linhas vocais, empolgaram os fãs deste género musical, reafirmando o seu status como uma das principais bandas do metal em Portugal. [ALBUM FOTOS]

20240822 00034
RAMP | Foto: António Proença

Seguidos pelos veteranos do metal gótico Moonspell, que apresentaram um espetáculo poderoso e repleto de energia com um alinhamento que misturou os temas mais clássicos com os mais recentes, levou os fãs a uma viagem através da sua rica discografia. 

A atuação foi marcada pela presença cénica imponente de Fernando Ribeiro, o vocalista, e pela atmosfera densa criada pela combinação de riffs pesados, teclados e batidas impactantes conseguindo criar uma ligação forte com o público, que respondeu com entusiasmo. [ALBUM FOTOS]

20240822 00271 Edit
MOONSPELL | Foto: António Proença

Logo depois, o público foi agitado pela banda norte-americana Soulfly, liderada pelo icónico Max Cavalera, com uma performance explosiva, cheia de energia e letras profundas sobre temas como espiritualidade e política.

Conhecidos por sua mistura de thrash metal, groove metal e influências tribais, Soulfly trouxeram uma força bruta ao festival. A intensidade de Max Cavalera e a química entre os membros da banda criaram uma apresentação memorável, com destaque para os momentos de interação com o público, que respondeu com “mosh pits” e gritos de apoio. [ALBUM FOTOS]

20240822 00553
SOULFLY | Foto: António Proença

Chegou a vez da icónica banda portuguesa Xutos & Pontapés subir ao palco para celebrar décadas de rock nacional. Com uma carreira que atravessa gerações, a atuação dos Xutos & Pontapés foi um dos momentos altos deste dia.

Conquistando o público com um alinhamento recheado de clássicos mostraram que, mesmo após tantos anos, continua a ser uma das maiores bandas do cenário musical em Portugal. [ALBUM FOTOS]

20240822 00856
XUTOS & PONTAPÉS | Foto: António Proença

Para encerrar a noite, os britânicos The Cult, com o seu estilo que mistura pós-punk e hard rock, liderados pelo carismático Ian Astbury, subiram ao palco, incendiando os festivaleiros com uma mistura envolvente de clássicos e músicas mais recentes. A presença cénica imponente de Astbury, combinada com os riffs marcantes de Billy Duffy, criaram uma atmosfera eletrizante, fazendo o público vibrar do início ao fim, mostrando que continuam a ser uma das forças mais respeitadas do rock. [ALBUM FOTOS]

20240823 01101
THE CULT | Foto: António Proença

O terceiro dia do Festival CA Vilar de Mouros 2024, foi marcado por apresentações vibrantes e ecléticas, unindo fãs de várias gerações.

Sulfur Giant, banda portuguesa de Caminha, subiu ao palco, trazendo uma potente mistura de rock psicadélico e stoner rock. Com sua sonoridade marcada por riffs pesados e atmosferas densas, explorando longas passagens instrumentais o grupo conseguiu cativar o público, que respondeu com entusiasmo à energia transmitida pela banda.

Já conhecidos no cenário underground, reforçaram a sua posição como uma das promessas do rock pesado em Portugal, conquistando novos fãs no festival. [ALBUM FOTOS]

20240823 00024
SULFUR GIANT | Foto: António Proença

Contribuindo para a diversidade sonora do festival chegou a vez de Capitão Fausto, uma das principais forças do indie rock português. Com um alinhamento que incluíu os seus maiores sucessos, a banda cativou o público com sua sonoridade única que mistura influências do rock clássico com um toque moderno e psicadélico, [ALBUM FOTOS]

20240823 00114
CAPITÃO FAUSTO | Foto: António Proença

O grupo britânico Crystal Fighters, terceira banda a atuar, ofereceram uma fusão de indie, música eletrónica e influências da música folclórica basca, acrescentaram uma vibração festiva à noite com uma atuação vibrante, misturando sons eletrônicos com instrumentos acústicos. [ALBUM FOTOS]

20240823 00444
CRYSTAL FIGHTERS | Foto: António Proença

Os icónicos portugueses Ornatos Violeta, honra lhes seja feita, trouxeram nostalgia com as suas músicas revisitando clássicos que marcaram uma geração. O grupo, que marcou profundamente o rock alternativo português dos anos 90, apresentou-se diante de uma multidão que aguardava ansiosamente pelos seus êxitos. A presença marcante de Manel Cruz no palco, com sua voz inconfundível e interpretações intensas, destacou-se como um dos pontos altos do festival proporcionando aos fãs mais jovens a oportunidade de vivenciar a energia e a magia que a banda sempre trouxe aos palcos [ALBUM FOTOS]

20240823 00764
ORNATOS VIOLETA | Foto: António Proença

Destaque para a performance do duo sul-africano de hip-hop alternativo e rave, composto por Ninja e Yolandi Visser, os Die Antwoord, conhecidos pelo seu estilo provocador, trouxeram ao palco uma das performances mais intensas e provocadoras do evento com uma energia avassaladora que contagiou o público proporcionando uma experiência audiovisual que misturou batidas pesadas com uma presença de palco teatral e impactante.

O público respondeu com entusiasmo, entregando-se completamente ao clima caótico e vibrante do espetáculo, uma verdadeira explosão de sensações, mostrando por que a banda continua a ser uma força disruptiva na música global​.

O quarto e último dia do Festival CA Vilar de Mouros 2024, encerrou esta edição memorável, atraiu mais de 55.000 pessoas, com uma combinação de estilos musicais que agradou tanto aos fãs do rock clássico quanto aos amantes do indie e alternativo.

Com uma programação diversificada, iniciou com a apresentação da banda Vapors of Morphine, que adicionou um toque mais introspetivo. O trio manteve viva a essência da música de Morphine, conhecida pela sua fusão única de rock, jazz e blues, e pelo som característico dominado pelo saxofone barítono e baixo de duas cordas, captando a atenção do público com as suas composições profundas e envolventes. [ALBUM FOTOS]

20240824 00071
VAPORS OF MORPHINE | Foto: António Proença

O músico português, David Fonseca, brilhou com uma performance envolvente e cheia de energia. Conhecido pela sua capacidade de misturar diferentes estilos musicais, subiu ao palco para apresentar um repertório que combinava os seus maiores sucessos com canções do seu mais recente trabalho tendo presenteado o público com momentos de grande emoção. [ALBUM FOTOS]

20240824 00224
DAVID FONSECA | Foto: António Proença

The Waterboys também marcaram presença, reforçando o carácter eclético e de alto nível do festival, oferecendo uma performance vibrante e repleta de clássicos. [ALBUM FOTOS]

Liiderada por Mike Scott, a banda trouxe ao palco uma mistura de clássicos intemporais e músicas mais recentes, oferecendo ao público uma experiência musical rica em emoções e nostalgia, cativando os festivaleiros que acompanharam com entusiasmo cada canção. A atuação destacou a versatilidade da banda, que transitou com facilidade entre o folk, o rock e o soul, criando uma atmosfera única.

20240824 00531
THE WATERBOYS | Foto: António Proença

A banda britânica The Libertines, liderada por Pete Doherty e Carl Barât, trouxe o seu som característico de indie rock com uma energia contagiante que conquistou o público desde os primeiros acordes. A química entre Doherty e Barât esteve em destaque, relembrando a intensidade dos primeiros anos da banda e mostrando que, apesar do tempo, a conexão entre os membros permanece forte. [ALBUM FOTOS]

20240824 00901
THE LIBERTINES | Foto: António Proença

The Darkness, conhecidos pela sua mistura de hard rock e glam rock, o grupo liderado por Justin Hawkins trouxe uma performance cheia de energia e carisma.

A presença de palco exuberante de Hawkins, os seus falsetes exagerados e os riffs poderosos da guitarra de seu irmão Dan Hawkins criaram uma atmosfera de celebração e nostalgia. 

Sendo um dos destaques do último dia do festival, proporcionaram uma experiência memorável que fechou o evento em grande estilo. A banda reafirmou sua relevância no cenário rock, deixando o público de Vilar de Mouros com um gosto de quero mais [ALBUM FOTOS]

20240825 01262
THE DARKNESS | Foto: António Proença

O público do CA Vilar de Mouros, que incluiu várias gerações, participou ativamente, tornando o último dia uma celebração memorável da música ao vivo​

- Publicidade -spot_img

Mais artigos

- Publicidade -spot_img

Artigos mais recentes

- Publicidade -spot_img