Pelos rios do mundo, correm águas turvas de desilusão, porque as margens estão infestadas por seres arrogantes, e, de pestilentos caudais, emergem vaidade e presunção. Vivemos momentos de conflitos gratuitos e provocações sem nexo, somente baseados na estupidez de alguns, que conseguem sufocar a liberdade e a tranquilidade de tantos.
Não gosto deste mundo onde vivo, embora, obviamente, tenha de o suportar, porque sou parte intrínseca dele. Vale-nos a família e os amigos.
Esta humanidade de agora perdeu sentimentos, especialmente aqueles de grande valor, parceiros da dignidade. Hoje, optam pela violência, pela agressão e, para satisfazerem o seu prazer doentio e bacoco, matam inocentes, em guerras tão estúpidas como eles próprios.
A violência doméstica é um caos instalado no comportamento de gente sem amor, infelizes e cobardes, que agridem a quem deviam respeitar.
Estranho mundo este que me confunde e me aperta o peito pela barbaridade que vou vendo em directo (infelizmente a tecnologia é daninha e corrosiva, quando nos mostra imagens de genocídio, em directo).
Qual será o futuro desta humanidade, perante a loucura desta gente que se transforma em génios do mal e em mentirosos, sem vergonha, com absoluto descaramento de hipocrisia.
Os políticos digladiam-se pelo poder, preocupando-se primeiro com eles e depois com o partido. O povo que se lixe, que se vire, mas não contem com eles (políticos).
É uma incógnita o futuro que nos espera. Vai-nos restando a ténue esperança de que essas mentes da maldade deixem de existir, definitivamente, e que viver deixará de ser utópica felicidade.

Escritor