Os detidos estão acusados de associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes e terrorismo, “consubstanciados em fortes indícios do seu envolvimento na promoção de atos de vandalismo e arruaça de bens e serviços públicos e privados, protagonizados no final de julho do corrente ano“, afirmou aos jornalistas, Manuel Halaiwa, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal.
Não são apenas cidadãos ligados aos transportes que estão a ser detidos. Um jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), um militante da UNITA e dois cidadãos de nacionalidade russa também foram detidos, nos últimos dias, sob a acusação de associação criminosa, terrorismo, financiamento ao terrorismo e falsificação de documentos.
“Por essa altura, qualquer cidadão que se manifeste, que proteste, que consiga mobilizar outros cidadãos para apresentar a sua insatisfação poderá ser considerado como terrorista, como agitador, como criador de factos que atentam contra a segurança do Estado”, referiu Serra Bango, presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) às agências de notícias.
Desde o início do conflito, no final de julho, mais de 1.500 cidadãos foram detidos.
João Lourenço, Presidente da República de Angola já tinha referido a 1 de agosto que, “os responsáveis pelos tumultos serão derrotados e garanto que o Estado aprendeu com os acontecimentos de julho, tomará “medidas preventivas” para melhorar a capacidade de resposta “em caso de reincidência””.
OC/AJS/Agências
