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Terça-feira, Novembro 18, 2025

“Não há provas” que liguem homicida de Kirk a grupos de Esquerda

Até ao momento, as autoridades norte-americanas não encontraram quaisquer provas que liguem o suspeito do homicídio do ativista de extrema-direita Charlie Kirk a grupos de Esquerda. Ao invés, equacionam que "se tratou de um indivíduo que cometeu um ato terrível porque considerava a ideologia de Kirk pessoalmente ofensiva".

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As autoridades norte-americanas não encontraram, até ao momento, quaisquer indícios que liguem o alegado homicida do ativista  Charlie Kirk a grupos de Esquerda, ao contrário do sugerido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pela sua administração.

“Até ao momento, não há provas que liguem o suspeito a qualquer grupo de Esquerda. Tudo indica, até agora, que se tratou de um indivíduo que cometeu um ato terrível porque considerava a ideologia de Kirk pessoalmente ofensiva“, revelou uma fonte ligada ao processo à NBC News.

Duas outras fontes equacionaram que poderá vir a ser difícil acusar o suspeito, Tyler Robinson, a nível federal, uma vez que o jovem não deixou o estado em que é residente e no qual cometeu o assassinato. Além disso, Kirk foi baleado num debate aberto no campus da Universidade de Utah Valley e não era um funcionário federal.

Assim, o suspeito, de 22 anos, foi acusado de homicídio qualificado e de obstrução da justiça, entre outros crimes, a nível estatal, tendo os procuradores do Utah pedido a pena de morte.

A mãe do jovem detalhou às autoridades que, “ao longo do último ano, tornou-se mais político e começou a inclinar-se mais para a Esquerda”. É que, recorde-se, Robinson é filho de republicanos ativos, mas não é filiado em nenhum partido político, nem votou nas duas últimas eleições, de acordo com dados oficiais avançados nos últimos dias.

Os documentos da acusação, divulgados na terça-feira, incluíam ainda uma troca de mensagens entre Robinson e um colega de quarto em processo de transição para o sexo feminino, com o qual o jovem mantinha “uma relação amorosa”.

“Estava farto do ódio dele. Alguns tipos de ódio não podem ser negociados, confessou, nas mensagens, ao mesmo tempo que deu conta de que estava a planear o ataque contra o conservador havia cerca de uma semana.

Após o homicídio de Kirk, Trump e os seus aliados ameaçaram perseguir organizações de Esquerda, que consideraram ser responsáveis por fomentar os sentimentos de raiva que dizem ter conduzido à morte do ativista de extrema-direita.

O vice-chefe da Casa Branca, Stephen Miller, alegou, inclusive, que os grupos de Esquerda são “um vasto movimento de terrorismo doméstico” que prometeu “destruir”. “Vai acontecer e vamos fazê-lo em nome do Charlie“, disse.

Viúva de Charlie Kirk assume direção de organização 

Erika Kirk substitui o marido na presidêndia da Turning Point USA. Direitos Reservados

A viúva do ativista de extrema-direita norte-americano Charlie Kirk, Erika Kirk, foi hoje nomeada presidente do conselho de administração da organização Turning Point USA, fundada pelo marido para difundir valores conservadores entre a juventude universitária.

Saliente-se que as ideologias de Direita têm alimentado mais de 70% de todos os ataques extremistas e planos de terrorismo doméstico nos Estados Unidos desde 2002, segundo a Liga Antidifamação.

Num estudo realizado no ano passado, o Departamento de Justiça deu conta de que o número de ataques de extrema-direita naquele país continua a superar todos os outros tipos de terrorismo e extremismo doméstico. De acordo com a 404 Media, o documento deixou, entretanto, de estar disponível na página do órgão governamental.

Charlie Kirk, de 31 anos, fundou a Turning Point USA, uma das organizações de extrema-direita mais influentes dos Estados Unidos, em 2012. A entidade conservadora impulsionou coletivos da juventude do país em favor de Donald Trump e do movimento MAGA (Make America Great Again).

Kirk era um aliado próximo de Trump, que manifestou a intenção de assistir ao seu funeral, que se realizará amanhã, no Arizona, onde residia. Anunciou, além disso, que atribuir-lhe-á a título póstumo a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.

OC/AJS

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