Passou um ano.
Com uma rapidez incrível, deixando o amargo de boca por não termos atingido ainda todos os objetivos desejados para estes primeiros 365 dias de vida. Estamos atrasados. É um facto. Que não escondemos e assumimos. O que não desmerece, de nenhuma forma, o trabalho das sete ou oito pessoas que, todos os dias, fazem O Cidadão; na fotografia, no vídeo, no áudio, nas relações exteriores e secretaria de redação, nos textos e na contabilidade.
Nas últimas semanas, a área comercial cresceu. E apurou-se!
Sonhos por cumprir? Muitos. Mas jamais cruzaremos os braços.
Para mim, é uma honra partilhar o trabalho com estas pessoas. Somos poucos a trabalhar com intensidade e paixão, é verdade. Mas quando o jornal foi lançado, a 28 de agosto de 2023, apesar da grande afluência de amigos que se juntaram, eu não tinha ilusões (perdi-as há muito) de que, ao fim de um ano, seríamos três ou quatro. Errei nas contas, felizmente. Um abraço apertado aos resilientes que sempre acompanharam o projeto com paixão. Têm sido geniais!
Mas somos poucos, sim! Precisamos de mais sete e mais sete e mais sete… com brevidade.
Um dos aspetos que me deixa com sensação de impotência, é não termos conseguido fazer passar, ainda, a mensagem clara do que é, realmente, O Cidadão. E não me refiro ao poder político – seremos, para eles, insignificantes, pois com dezenas de emails enviados a solicitar reuniões, só obtivemos três respostas. É a forma negligente e sobranceira como é tratado o associativismo em Portugal. Somos pequenos e não damos votos. Mas o nosso fado mudará de dó menor para dó maior. Acreditem.
Refiro-me ao cidadão comum, para quem trabalhamos no dia-a- dia. E às empresas, coletividades, organizações diversas.
O nosso projeto não é comercial! Visa a Cidadania. Acho que esta ideia ainda não está assimilada.
Propomo-nos dar voz a quem a não tem, promover pessoas e organizações “escondidas” e noticiar factos, sistematicamente postos de lado pela imprensa nacional e até regional.
Mas nunca deixaremos de acompanhar os grandes eventos nacionais nem iremos abster-nos de fazer grandes reportagens.
A propriedade de O Cidadão é uma associação chamada “Letremperspectiva”. E todos podem associar-se. Todos! Individuais, empresas e outras associações de diferente âmbito.
Porém, não existimos para entrar na concorrência feroz – alguns de nós já estão cansados disso -, no imediatismo, na especulação, no sensacionalismo ou na dinâmica do “paparazzo”.
Interessa-nos a proximidade, a formação ao nível da informação e o comentário livre.
Somos, talvez, o único jornal que aceita todas as opiniões. Venham de onde vierem. Não nos importam ideologias, religiões e as mais diversas formas de pensar o mundo e a vida. Enquanto jornal, seremos imparciais. A opinião é livre e aberta a todos.
Este primeiro ano foi de aprendizagem. Agora, ao entrar no segundo, vamos precisar que muitos venham ajudar os que já cá estão. Por um lado, a dinamização da atividade comercial vai precisar de competências nessa matéria; por outro lado, a diversificação de meios – Oficina do Cidadão e Rádio O Cidadão -necessita de pessoas que gostem de comunicar em programas de rádio (ou da parte técnica audiovisual) e outras com apetência para a organização de eventos.
Queremos envolver jovens e seniores nos diversos meios, o que leva à necessidade, também, de cidadãos com sensibilidade para esse tipo de idades.
Aqui, em O Cidadão, ninguém é melhor ou pior. Somos uma equipa disponível para ajudar-se mutuamente.
Temos um caminho longo a percorrer. O que fizemos até aqui foi uma pequena amostra do que podemos fazer, a outra escala, se dermos um bocadinho de nós, em prol de todos.
Aos que têm ajudado o projeto financeiramente ou participado nele de outra forma, parabéns! E muito obrigado
Aos leitores, Parabéns. São, como sabem, o nosso tesouro.
Lanço-vos um desafio – tornem-se, em simultâneo, leitores e participantes ativos. Comuniquem connosco pelo mail geral@ocidadao.pt
Que O Cidadão comemore muitos anos!
Jornalista