Na sua “respeitosa” Sala Oval, Trump mostrou, mais uma vez, que não é a pessoa adequada para gerir os destinos da América – há exemplos, entre o hilariantes e o trágico – e muito menos para ser o paladino de qualquer da paz. Esta, a paz, até pode acontecer, mas com custos exagerados e tremendamente injustos para o país soberano que é a Ucrânia.
Donald Trump, democraticamente eleito pelos cidadão, mostrou, à frente de todos, a incompetência para mediar o fim do assalto russo ao território ucraniana. O inquilino da Casa Branca só conhece três tipos de linguagem – a do dinheiro, a dos casinos e a trauliteira barata. Como pode um homem com estas limitações, fazer acordos de paz? De negócios, isso sim. De cariz social e político, não tem saber ou sensibilidade.
Recebeu um dignitário estrangeiro, que está a ver o seu país independente a ser invadido por outro, e assume arrogância, insulto, humilhação, sobranceria, não poupando, sequer, as ameaças. Expulsou a comitiva da Ucrânia! Talvez haja pessoas que acreditam nas “qualidades” de Trump. Eu não vejo uma única. Nem uma! Nada!
Como pode um colonialista frustrado, se pudesse açambarcava todo o continente americano, estar ao lado da Ucrânia? Como é possível uma espécie de Putin – por enquanto ainda não faz tudo o que quer, vamos ver até quando – estar de boa-fé na importante conversa com o presidente ucraniano?
Não pode! É parcial! Logo, é uma impossibilidade. É parte interessada.
Mas, apesar de tudo, como presidente do governo americano, em sua casa, exigia-se boa educação. Diplomacia. Respeito. Por si próprio e pela sua nação. Com o diz a imprensa russa, panfletária, manipulada por Putin, “como foi possivel Trump e DJ Vance conterem-se e não terem partido para a agressão?“, fica tudo escarecido. Tudo! Trump é igual a Putin. Na realidade, aquele “acordo” está gravemente ferido. Porque não faz sentido propor um documento para assinar, quando uma das partes interessadas não foi “tida nem achada”. Um aberrante roubo.
Os neocolonialistas Trump e Putin elaboraram um acordo totalmente favorável a ambos, à espera que o líder Zelensky aceitasse “porque tem uma dívida de gratidão”. Isto é demasiado mau. Falar na “3ª Guerra Mundial” é de uma deslealdade à paz e um desrespeito a todo o mundo.
Espero que a Europa tome uma posição clara e repudie estes “modus operandi” hipócritas, populistas e sem o mínimo respeito pelo cargo que ocupa.
Como afirmou o major general Agostinho Costa , com júbilo e perfeitamente alinhado com a posição russa, “é um dia histórico. A Ucrânia, hoje, perdeu a guerra”.
Trump prestou um péssimo serviço ao mundo. O povo americano teve oportunidade de ver, quase em direto, este presidente, não “de triste figura” , mas de nenhuma sensibilidade e competência sociopolítica. E ficaram a saber com quem contam. Obscuros dias irão passar.
A humilhação a Zelensky foi uma humilhação ao mundo, a todos os que querem ver o conflito sanado, mas com um acordo honesto e justo.
E em toda esta polémica, só há um “lado” que não está preparado para nada – chama-se Administração Trump.
Esta deriva louca do presidente americano pode dar cabo de tudo em que toca. Os americanos – ricos e pobres – vão sentir isso. É uma questão de tempo.
A paz ficou mais longe, infelizmente. Mas, por fim, percebemos que o que “esta” América quer – entre outras coisas, os metais, entre eles os Terras Raras, e não a cessação de um conflito tão dramática para os povos russo e ucraniano.
Jornalista
