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Quinta-feira, Janeiro 23, 2025

Sporting, 1 – Benfica, 0 – Trará Rui Borges o “anti-vírus” para a súbita doença leonina?

O Sporting, na estreia de Rui Borges como terceiro treinador da época, venceu, ontem, em casa o Benfica por 1-0, e recuperou a liderança da I Liga portuguesa de futebol, em encontro da 16.ª jornada.

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Rui Borge, o terceiro treinador na época sortinguista, parece trazer o antídoto para leões desanimados. Foto de FILIPE AMORIM/LUSA

Geny Catamo, que tinha ‘bisado’ no dérbi da época passada (2-1), apontou, aos 29 minutos, o tento do triunfo dos ‘verde e brancos’.

Os ‘leões’ passaram a somar 40 pontos, os mesmos do FC Porto, segundo, que goleou em casa o Boavista por 4-0, no sábado, enquanto o Benfica, derrotado pela primeira vez na prova na ‘era’ Bruno Lage, ao 12.º jogo, caiu de primeiro para terceiro, com 38.

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Luta intensa na área de Sporting. Foto de MIGUEL A. LOPES/LUSA

Geny Catamo voltou a decidir o dérbi , ao marcar o único golo do jogo da 16.ª jornada, devolvendo o Sporting ao comando da prova, na estreia de Rui Borges.

Quase nove meses depois de um ‘bis’, também em Alvalade, que permitiu aos ‘verde e brancos’, então orientados por Ruben Amorim, vencer por 2-1 e ‘embalar’ definitivamente para o título de 2023/24, o moçambicano resolveu, desta vez, com um golo solitário, aos 29 minutos.

Mais do que recolocar os campeões nacionais na liderança do campeonato, em igualdade com o FC Porto (40 pontos), o triunfo devolveu à equipa, que vai no terceiro treinador da época (já ‘caíram’ Ruben Amorim e João Pereira), a confiança para segurar uma vantagem mesmo quando o adversário se superiorizou nalguns momentos do encontro.

Rui Borges advertiu, na antevisão do dérbi, que a equipa iria sofrer “dores de crescimento” e solicitou “atitude” para ultrapassar os momentos em que o adversário fosse superior, e os seus jogadores corresponderam, apesar de alguns momentos de evidente ansiedade na segunda parte, o melhor período dos visitantes.

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Gyokeres, “l’enfant terrible” de Alvalade, tenta passar por dois jogadores do Benfica. Foto de FILIPE AMORIM/EPA/Lusa

No seu primeiro jogo no banco, o novo técnico dos ‘leões’ não hesitou em cortar com o passado recente da equipa e assumiu de imediato uma linha de quatro defesas, com Quaresma a fechar na direita e Matheus Reis na esquerda, enquanto Diomande e St. Juste preenchiam as zonas mais centrais.

Assim, Geny Catamo e Geovany Quenda davam largura à frente de ataque, onde Gyökeres continuava a ser a referência, agora com um apoio mais próximo de Trincão, enquanto Morita, regressado de lesão, e Hjulmand preenchiam o ‘miolo’ do terreno.

E foi o avançado sueco que esteve na origem do primeiro golo do encontro. Num lançamento lateral executado rapidamente por Quenda, ganhou o espaço nas costas de Tomás Araújo e serviu Catamo, que apareceu na área ‘encarnada’ livre de marcação e não perdoou, aos 29 minutos.

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Geny Catamo marcou o golo solitário que deu a vitória aos “leões”. Foto de FILIPE AMORIM/LUSA

Antes disso, os ‘verde e brancos’ já tinham tido a oportunidade mais flagrante num remate de Quenda (17 minutos), na pequena área, ao qual o guarda-redes Trubin se opôs com qualidade. Depois, Gyökeres (40) tentou surpreender com um potente remate de meia distância, mas o ucraniano voltou a mostrar-se atento.

Na primeira parte, a equipa orientada por Bruno Lage, que colocou Amdouni no lugar de Pavlidis na frente de ataque, conseguiu equilibrar a posse de bola, mas teve dificuldades para libertar-se da pressão alta do Sporting e só conseguiu levar perigo à baliza de Israel num livre direto de Kökçü (26 minutos), que o uruguaio defendeu junto ao poste.

Ao intervalo, Bruno Lage trocou Florentino por Leandro Barreiro para dar mais fluidez à saída de bola, mas o Sporting também deixou de pressionar os adversários na sua primeira fase de construção e os ‘encarnados’ foram, gradualmente, aumentando a presença na área ‘leonina’.

Um remate inesperado de Bah (56 minutos) obrigou Israel a defesa de recurso e o Benfica partiu para 20 minutos de forte assédio à baliza do uruguaio.

Amdouni (61 minutos) desperdiçou a melhor ocasião dos visitantes no segundo tempo, ao rematar por cima da trave, no coração da área ‘verde e branca’, servido numa ‘segunda bola’ por Otamendi, que poucos minutos depois (67), cabeceou também por cima um canto de Di Maria.

Passado o período de maior ‘sufoco’, o Sporting conseguiu, finalmente, reagir e começar a procurar a profundidade oferecida por Gyökeres e a explorar as transições rápidas para obrigar os rivais a maiores cautelas defensivas.

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Técnico Bruno Lage era a imagem do desalento “encarnado”. Foto de MIGUEL A. LOPES/LUSA

Os ‘leões’ até podiam ter sentenciado o encontro num lance de superioridade numérica de quatro contra dois, conduzido por Geny Catamo (85 minutos), mas o moçambicano foi egoísta e tentou ‘bisar’ quando tinha dois companheiros em melhor posição.

Pouco depois foi Gyökeres (88 minutos) que também só teve olhos para a baliza, quando tinha Harder em melhor posição, mas nessa fase, com o jogo ‘partido’, o Benfica também já acusava o desgaste físico e nem no ‘chuveirinho’ conseguia colocar em risco a vitória do Sporting.

Desta forma, Rui Borges impôs a Bruno Lage a primeira derrota no campeonato desde que sucedeu a Roger Schmidt e, a uma jornada do final da primeira volta, a I Liga está ao rubro, com Sporting e FC Porto na frente (40 pontos) e o Benfica na perseguição, em terceiro lugar, com 38.

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