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Terça-feira, Outubro 15, 2024

Relacionamentos… – Por Rosa Maria Aranha

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Rosa Maria Aranha
Rosa Maria Aranha
Advogada / Responsável pelo projeto StopViolênciaContraMulheres

À medida que a idade passa, as pessoas tornam-se cada vez mais exigentes, independentes e intolerantes, quer estejam ou não num relacionamento.

A experiência dita-me que o modo de vida, a envolvênvia na sociedade e no mundo em que vivemos, tornou-nos mais independentes, incompreendidos e exigentes connosco mesmos, o que leva, por vezes, à incompreensão e revolta da outra parte.

O receio de perda, de dependência económica ou não, como até de mera acomodação levam a que os relacionamentos, mudos e surdos, perdurem num tempo sem fim, os quais podem levar ao sofrimento em silêncio ou até ao adultério. Este, na maioria da vezes, direta ou indiretamente é consentido, dado que, desde há muito,inexiste qualquer contacto verbal ou não verbal, físico e sexual.

Indubitavelmente que, na minha modesta opinião, em qualquer relacionamento deve existir e é fundamental, o diálogo constante, a troca de ideias, a emoção, o amor, o sentimento verdadeiro, a paixão acessa, a criatividade, a amizade, o carinho, o respeito, a paz interior, a seriedade, a confiança, a liberdade com responsabilidade; e acima de tudo, cada um deve sentir-se FELIZ com o (a) parceiro(a).

Na verdade, o que tem vindo a acontecer em muitos relacionamentos, é um deixar levar-se pelo vento, um viver por viver, um rumar sem destino, um viver um dia após o anterior igual ou ainda pior que o anterior, permanecer numa tristeza interior infindável e revoltante, numa mágoa e infelicidade sem fim, numa procura constante e desconcertante de um milagre, que mude a sua triste realidade, para a qual, apenas e somente, ocorrerá a partir do preciso momento em que diga BASTA!… mas que, lamentável e infelizmente, desconhece ou não tem coragem …

Acontece que, para tal é deveras indispensável força e coragem que não têm ou não lhe permitem ter … sejam por motivos pessoais, familiares, profissionais, económicos ou até sociais.

Cada vez mais, a angústia, o receio e o medo atormentam a cabeça de quem se sente infeliz, abusado, em sério sofrimento numa relação, cujo limite leva por vezes à depressão ou até ao suicídio, exprimidos em absoluto silêncio e que disso nunca ninguém se apercebeu…

Ora, mais vale um dia de felicidade, nem que seja o último da vida de alguém, que muitos dias passados em sofrimento, medo, receio, dor e angústia!

Deixo este simples desabafo, seriamente sentido em muitos relacionamentos em que me deparo, diariamente, pela falta até já de amor próprio, e que luto pela força e coragem do BASTA!

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