Ficha do Jogo – Estádio do Dragão, Porto, 15 de novembro de 2024
Árbitro: Donatas Rumaas (Lituânia)
PORTUGAL: Diogo Costa; Diogo Dalot, António Silva, Renato Veiga e Nuno Mendes (Nuno Tavares); João Neves (Vitinha), Bernardo Silva ( Samuel Costa) e Bruno Fernandes; Pedro Neto (Trincão), Rafael Leão ( João Félix) e Cristiano Ronaldo
Suplentes: José Sá, Rui Silva, Nélson Semedo, Tomás Araújo, Samu Costa, Trincão; João Félix, Nuno Tavares, Otávio, João Cancelo, Francisco Conceição e Vitinha.
Treinador: Roberto Martinez
Polónia: Bulka;Platkowski,Taras, Bednarek e Urbanski; Zielinski, Kiwior e Bereszynski (Kaminski); Szimanski ( MOder), Zalewski ( Marczuk) e Piatek.
Suplentes : Lukasz; Dragowski; Walukiewicz ; Kaminski; Slisz; Moder; Bogusz; Puchacz: Buksa; Kozubai e Marczuk
Treinador: Michal Probierz
Cartões Amarelos: João Neves; Bruno Fernandes; Bulka e Nuno Tavares
Cartões vermelhos: não houve
Golos: Rafael Leão (1-0), aos 58′; Cristiano Ronaldo (2-0 ), aos 71′ (gp) e 5-0, aos 72´ ; Bruno Fernandes (3-0), aos 80′; Pedro Neto (4-0), aos 82′ ; Marczuk ( 5-1), aos 88′
Ao intervalo: O-O
Resultado Final: 5-1
No Estádio do Dragão, no Porto, mais de 47 mil espetadores viram Rafael Leão (59 minutos), Cristiano Ronaldo (72, de grande penalidade, e 87), Bruno Fernandes (80) e Pedro Neto (83) marcarem os golos de Portugal, que passou a somar 13 pontos, está na liderança – mais seis do que a Croácia -, enquanto Marczuk (88 minutos) assinou o tento dos polacos.
Os croatas, que jogam com a seleção portuguesa na segunda-feira, em Split, perderam por 1-0 na Escócia e seguem na segunda posição, com sete pontos, mais três do que a Polónia, terceira, e a Escócia, quarta colocada e que ainda está na luta pelo apuramento.
Tendo em conta o primeiro posto já garantido, Portugal será cabeça de série no sorteio dos quartos de final, agendado para 22 de novembro, sendo que já sabe que jogará a primeira mão fora e a segunda em casa.
Destaques: Primeira parte muito má.
Os primeiros 45 minutos mostraram uma seleção apática, previsível, lenta e sem ideias. Oportunidades de golo, só no período de compensação. Há que destacar Diogo Costa – com um punhado de boas defesas – pois a Polónia aproveitou o desacerto português e levou, por diversas vezes, o perigo à baliza.
A segunda metade foi diferente. 5 golos, todos de qualidade, fruto de jogadas coletivas, com deatque para o quinto, apontado por Cristiano Ronaldo; um pontapé de bicicleta, junto ao poste, desarmou toda a defesa polaca. Mais um golo para o “capitão” da seleção e mais um de “encher o olho”.
Esta segunda fase do jogo nem parecia estar a ser jogada pelos mesmos jogadores. Fizeram exatamente o contrário – velocidade, ritmo, dinâmica, foco e qualidade. E 5 excelentes golos
Vitinha essencial para a viragem do jogo . Entrou muito bem , ocupou com maestria o “miolo” do terreno – jogou, fez jogar e imprimiu a velocidade que estava a faltar na transição ofensiva. Para nós, o melhor em campo.
Rafael Leão foi o parceiro de Vitinha na revolução em velocidade. Esticou o jogo, deu profundidade e abriu o marcador o que, neste tipo de jogos, é muito importante.
Pedro Neto esteve muito em jogo, lutou imenso na primeira parte, mas perdeu também demasiados lances devido à lentidão. Porém, na segunda parte veio mais focado, rápido e foi um quebra cabeças para o defesa esquerdo polaco.
Rafael Veiga – Apareceu a titular no eixo da defesa e esteve sempre mais em jogo do que o seu colega do eixo central – António Silva. O jovem do Chelsea, que também passou pelo Atlético do Cacém, Real Massamá e Sporting, foi, talvez, o mais regular durante todo o jogo. Não sendo um titular indiscutível de Roberto Martínez, entrou sereno, concentrado e a demonstrar que é tão capaz como quaqluer outro. Uma boa surpresa e um jogador a ter em conta sempre e não só para ocupar vagas devido a lesões dos companheiros.
Uma grande novidade, Renato Veiga a titular. O central, Atlético do Cacém, Real de Massamá e Sportig. Naturalmente que Martinez optou por rodar alguns jogadores que têm sido menos utilizados
Os protagonistas:
Roberto Martinez ( selecionador de Portugal) – “Perdemos o foco e criou-se a frustração.”
“Foi um jogo de duas partes distintas. Estamos contentes porque a primeira parte foi muito má. Perdemos o foco e criou-se muita frustração.
A segunda parte foi do melhor que vi, com qualidade em tudo o que fizemos. Não é fácil tentar ganhar todos os jogos e marcar cinco golos. Ganhar perante os nossos adeptos foi muito especial.
Tínhamos três jogadores com cartão amarelo e era importante evitar uma situação pior. O Vitinha entrou e teve um desempenho muito bom, mas a diferença da primeira para a segunda parte não foi um jogador.
Mudámos a mentalidade, a inteligência a jogar, tivemos uma maior intensidade e ajuda ter jogadores como o Vitinha. O João Neves fez uma primeira parte do mesmo nível dos restantes”.
Vitinha ( jogador da seleção) – “Sem os colegas não sou ninguém…“
”Sabemos que temos mais um jogo para fazer. Será mais um grande jogo para uma nova vitória. Muito contentes com esta vitória perante o nosso público. Sem o resto dos colegas não sou ninguém. Entrei bem e ajudei. Queremos ganhar o jogo na Croácia.
Rafael Leão (jogador da seleção) – “Intervalo foi importante”
“Estávamos a passar um momento de aflição. O Bruno Fernandes conseguiu recuperar a bola, passou e eu levantei a cabeça. Havia muito espaço pelo meio, corri com a bola o mais longe possível e passei ao Nuno Mendes, que em 90% dos lances é mais rápido do que os outros. Conseguiu descobrir-me de olhos fechados. Foi uma jogada coletiva e de esforço. Abriu caminho para a vitória recheada.
Não conseguimos impor o nosso jogo na primeira parte. Foi importante a abordagem do mister no balneário, nomeadamente a pressão sem bola. Esse foi o ponto-chave e eles não conseguiram ter muito mais bola na segunda parte”.
Bruno Fernandes ( jogador da seleção) – “ Queríamos marcar cedo”
“Todos os golos foram bonitos. O pontapé de bicicleta é o mais difícil. São menos comuns, é preciso uma boa forma atlética. Já estamos habituados a isso por parte do Cristiano. Tivemos algumas oportunidades nos últimos minutos na primeira parte. No início foi o nervosismo de querer marcar cedo. Falo da minha parte, de tentar o último passe em momentos que não eram oportunos”.
Reportagem OC : Alberto Jorge Santos (Texto) ; Vítor Lima ( Fotos)
Jornalista