Abstive-me nas últimas eleições. Já o disse e reafirmo. O Presidente Luis André é o meu Presidente, porque sou e serei Porto, sempre, mesmo discordando. Não tenho qualquer problema com as redes sociais e com a sua gestão diária. Não tenho qualquer problema com o contraditório – com respeito – em qualquer rede social. Gosto e uso todas as que existem, porque todas me dão gozo, aliás, um extremo gozo de liberdade de opinião: Facebook, Instagram, Linkdin, Tik Tok, X, Reddit, Discord, Skype, WhatsApp, etc.
Discordo da opinião de Miguel Sousa Tavares e o fatalismo da existência das mesmas. Temos de viver com elas e temos obrigação de melhorar as sociedades. A opinião escrita não pode ser fechada e, na minha opinião, todos, mas todos os intervenientes são importantes: os que escrevem bem, os que escrevem menos bem e mesmo os que escrevem “com os pés” … mas exprimem-se e fazem-me sentir o amor ao clube (ou não) de coração. Respeito as opiniões, como exijo que respeitam a minha. Nunca tolerei traições, mentiras, ingratidões e desonestidades. Não contem comigo para “comer e calar”. Não. Não aceito a troco de nada. Leio todas as grandes “figuras Vips” que se exprimem nas redes sociais, umas a defender a direção do FC Porto e as suas ações concertadas – não tenho dúvida – para terminar com a memória de 42 anos, outras de oposição, com legitimidade.
Pluralidade e democracia, mas não gosto desta divisão. O meu clube foi sempre um clube de todos (as) e os que dizem mal, por dizer (sócios) mais valiam não ser, porque tornam o clube pequeno, de gente ainda mais pequena, penso… Na verdade, todos temos memória!
Seletiva ou não, mas temos. Claro que não concordo, nem concordei com a gestão de Pinto da Costa, por isso, fui a eleições, em 2020, sem truques… mas não concordo com a alienação comunicacional do Presidente, para distrair os associados! Não aceito. Tudo foi gerido dentro do clube e sempre ouvi dizer que o segredo é a alma do negócio, mas vamos ao assunto que interessa, até porque parece que Pinto da Costa fugiu… para Belize.
Antes de mais, as minhas desculpas ao Presidente Honorário Pinto da Costa pelo título do artigo, mas gostaria de vincar que não tem nada de pejorativo, muito menos de intencional, no que toca à sua qualidade como dirigente. Os negócios mudaram e o futebol também mudou e muito! Na declaração de intenções que fiz informei que não votei em Pinto da Costa, intencionalmente, porque as escolhas de gestão para a direção do clube foram ofensivas aos associados que pensam e gostam do clube. Quanto ao Presidente Luis André, (lá receberei os “mimos” do costume, no facebocas) não gostei da manipulação “putinista” da comunicação, muito menos da manipulação compulsiva das informações internas do clube, porque põem em causa a história e o passado recente do clube.
Nunca aconteceu e este não é o seculo para expor o clube à mediocridade, nem ao mediatismo tresloucado dos “comentadeiros” de Tv´s, de Lisboa: se existe negligencia na gestão das anteriores direções devem ser denunciados criminalmente e não na praça publica. Este é o Show que já vi noutros clubes e me desagrada. O tempo dará razão: o Presidente Pinto da Costa não é foragido aos sócios e ao clube. Aos 84 anos, teve a coragem de ir a eleições sabendo das suas dificuldades e limitações…. Perdeu e o sinal, foi claro… afastou-se.
Se ganhasse as eleições não acredito que estivesse a “pôr na lama” o nome do Luis André. Existem sinais que me preocupam e não é falta de dinheiro, porque nunca foi abundante…. recordam-se que tivemos sempre de vender ativos…em 2020, saíram a custo zero: Brahimi; Herrera etc. Fui contra, mas o Contabilista (in setembro, Jornal o Jogo) continuou a insistir neste tipo de dinâmica ruinosa. Desde cedo, percebi a intenção do atual Presidente em desunir e criar clivagens entre nós para poder garantir a eleição. Usou o marketing de conteúdo. Contratou uma empresa. Normal. Avisei o Presidente e os sócios através da comunicação…mas nunca usaria a CMTV, CNN, etc… mas sim, os meios de comunicação convencionais…Não adiantou e agora, temos um paradigma novo que procurarmos perceber.
Não vai ser fácil, meu caro Luis André! Vamos ver se, “a cadeira de sonho” se mantêm ou irá rescindir? Aguardo, gostaria que pensasse que tem de arcar com as responsabilidades da desunião que criou, sob pena de afundar o clube. Estarei atento e vigilante e garanto que somos mais de 20%, atentos ao que se passa. Sempre defendi que as claques, regulamentadas, são a alma do clube. Defendo, num futuro próximo, que Sérgio Conceição, pela dinâmica e intensidade, pode e deve ocupar a cadeira de sonho de Presidente e recuperar o clube. Não escondo o meu ADN/Porto. O Clube, da forma que estava a ser gerido – com apenas 38 mil associados votantes – é próprio de clube da La Liga espanhola. Só seremos grandes, com associados e que todos, mas todos, sejam incluídos. Sempre vigilantes.

Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”