No dia 13, Trasga entraram em palco pelas 18:30, a produção cumpriu sempre os horários de entrada dos músicos em palco. A Gaita de Foles introduziu o espetáculo, dando logo lugar ao tamborileiro, o homem que toca ao mesmo tempo flauta e bombo. A bateria tinha alguns timbalões bem graves, o que fez com que nunca se tenha notado a falta do baixo. Na terceira música a sanfona mostrou o seu canto.
E perfilaram as canções: Caminu de Mubeiros, Burriqueiro a Tiempo Anteiro, La Carandilheira Repasseado, Gueiteiros de La Gudinha, entre outros e todas cantadas em Mirandês. Lamentamos que Célio Pires, tenha apresentado os temas em Mirandês, pois no MontFest 22, foi um misto de mirandês e português e assim o público conseguiu entender melhor os conteúdos das canções. O êxito da canção “O Presidente da Junta”, não podia faltar…Al Absedo foi a canção escolhida para terminar o concerto, com duas gaitas de foles em uníssono.
No mesmo dia pelas 21:30, foi a vez dos Andarilhos entrarem em palco.
A música popular de raiz invadiu o parque da cidade. O primeiro tema com um ritmo de chula, deu o mote de alegria e empatia que o concerto iria proporcionar.
Desfilaram temas como: Chula do Douro, Pŕa Melhor, Senhora do Marão, Trambolina, Entrudo, Ao Teu Lado, Camisa Amarela, Rosinha e Chula Andante, entre outros…Temas dos discos “Alvorada” e “Caminho Velho”. A última canção só com acordeão e cinco vozes foi muito bem acolhida pelo público.
Dia 14 pelas 18:30, entrou em palco Emmy Curl.
Um concerto no mínimo surpreendente!
Sozinha no palco, a comandar a sua mesa de produção, assim como todos os efeitos vocais, iniciou o concerto “a capella”, com som de chuva de fundo. Ao fim de três temas ouviu-se a canção à guitarra acústica “Vem Até Mim”. Muito envolvente com o público, pô-los a cantar e até fez um sampler das vozes próximas ao palco. Com uma instrumentação muito cuidada, ficámos deveras surpreendidos com a instrumentação da canção “Senhora do Almortão”, excelente harmonização.
Depois ouvimos: Mirandum, Pastoral, Botar Água na Vinha, Mudança, Dança da Lua e do Sol, Chegada e com a canção Bala Bala, conseguiu colocar o público a cantar.
Um concerto admirável!
No mesmo dia pelas 21:30, fez-se festa com os Kumpanhia Algazarra.
Com treze discos no mercado, sendo o último de 2023 “Histórias e Raízes” e a comemorarem vinte anos de existência..
Com uma forma eletrizante de estar em palco, muitas vezes com os músicos a fazerem um comboio no palco, a alegria que eles transmitem é deveras única e peculiar. Música com saxofones e trompete, a lembrar Kusturica, ouvimos canções como: Assim Não Vai Dar, Mariquita, Pudim, Gipsy Reggae, Anda Comigo Ver o Mar, Oh Cidade, Assim Não Vai Dar (com direito a coreografia com o público) e terminaram com a canção “Olhó Burro”, com um vídeo muito engraçado no You Tube. Os Kumpania Algazarra, são uma verdadeira banda de festa e é impossível ficarmos quietos nos seus concertos, bem hajam!
Uma palavra à organização, impecável!
A empresa Ribalta Cenário foi responsável pela sonorização, pela iluminação e pela envolvente mediática (ecrã no fundo do palco com imagens do palco) irrepreensível!
Músico/Colaborador