Desde que nascemos que somos subestimados a contingências sociais de diferentes diretrizes. Ainda pequeninos, acordamos prematuramente para adentramos no infantário e aí entabulam os horários que somos prescritos a cumprir para o resto da nossa vida.
Posteriormente, seguem-se a escola e a faculdade e a mais horários somos obrigados a perfazer. O primeiro emprego e a novos horários somos submetidos! Só que nessa altura, depara-mo-nos com outra situação, o patrão ! Somos vigiados amiudadamente, somos analisados sistematicamente, somos criticados constantemente, “etctamente”…
É com naturalidade que os nossos pais e a sociedade nos impelem para o casamento e não desfadigam enquanto não visionarem os netinhos nascer. E a nossa liberdade, uma vez mais é adiada…Os horários acondicionam-se ou avolumam-se, e as crises familiares obrigam-nos a adiar alguns dos projetos pessoais. Os horários ampliam-se, pois além dos filhos, teremos os netos para apoiar. Regras e mais regras, compromissos e mais compromissos e o tão almejado silêncio de chegar ao nosso lar e usufruirmos do silêncio, fica mais uma vez adiado…
Um dia enxergamo-mo-nos e só nos temos a nós!
Finalmente a reforma!!!
A certeza do “ordenado” ao final do mês, pelo menos enquanto formos vivos, e a liberdade bate-nos finalmente à porta. Agora sim! Podemos almoçar à hora que nos aprazer e onde nos aprouver, dormir as horas que o nosso corpo anelar, viajar para onde cogitarmos, caso o nosso orçamento assim o permita.
Somos livres carago!!!
Agora percebem o título?…Só na reforma somos finalmente livres!
E eu que sou músico, posso finalmente cumprir um sonho, caso tenha capacidades financeiras para ele. Seguir na Europa o circuito dos festivais de jazz e blues e aproveitar para conhecer um pouco melhor esses países.
Apenas no estado de reformado, poderei realizar essa quimera…
Em resumo, o ser reformado, é termos todo o tempo do mundo (parafraseando o Gaudêncio e o Tê), para fazermos o que nos der na realidade real gana, ou seja, finalmente a liberdade!
Músico/Colaborador