Com estas e outras importações a Rússia continua a receber milhões de euros em receitas, o que lhe permite continuar com a guerra na Ucrânia. Portanto, tudo leva a crer que a trituração do povo ucraniano por parte das tropas invasoras vai perdurar durante muitos meses. Ou seja, a paz na Ucrânia ainda vai demorar. E muito.
Esta notícia da AP apenas veio desmascarar muitos países ocidentais, sobretudo os Estados Unidos, que até ao momento sempre tentaram passar a imagem de bons samaritanos. Anunciam biliões de dólares e euros de apoio à Ucrânia, mas alimentam uma guerra monstruosa.
Depois de ter concentrado mais de 200 mil soldados russos junto à fronteira da Ucrânia, na madrugada do dia 24 de Fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em directo que a Rússia iniciava uma “operação militar especial” e deu ordens para invadir o país liderado por Volodymyr Zelensky. A Guerra voltou ao continente Europeu. Depois de uma II Guerra Mundial absurda e das guerras na ex-Jugoslávia ( Bósnia e Kosovo).
Esta invasão russa voltou com milhões de refugiados ucranianos, milhares de mortos de ambos os lados, um país autónomo reduzido a cinzas e mais de 40 mil crianças ucranianas deportadas para a Rússia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, mas Vladimir Putin, afirmava que a “operação militar especial” na Ucrânia visava a segurança da Rússia e a “desnazificação” daquele país eslavo.
Só que Vladimir Putin pensava que podia ocupar a Ucrânia com a mesma facilidade com que ocupou a Crimeia em 2014. Enganou-se. O povo ucraniano demonstrou uma resiliência e, até hoje, que vai lutar até à última gota de sangue pela libertação do seu país.
Na última semana travaram-se batalhas sangrentas em Kharkiv, Kherson e Zaporíjia, mas as tropas ucranianas já passaram para o lado oriental (margem esquerda) do rio Dniepre, com o objectivo de atingir o Mar de Azov, reaver a Crimeia e libertar todo o território ocupado .
Vladimir Putin não se dá por vencido e vai continuar a recrutar jovens inexperientes para a frente da guerra e continua a contar com a vassalagem de muitos mercenários sírios, tchetchenos e alguns do Grupo Wagner que se recusaram a viajar para a Bielorrússia.
A Europa e os Estados Unidos vão assistindo hipocritamente ao genocídio do povo ucraniano e ao bombardeamento diário de prédios civis, hospitais pediátricos, escolas primárias, armazéns de cereais, hotéis e maternidades, sem previsão de um acordo de paz para os próximos tempos.
Ao contrário dos valores que proclama e da paz que devia procurar na Ucrânia e em todo o mundo, a União Europeia, assiste a esta guerra absurda e aos negócios de morte um pouco por todo o lado.
Nota da Redação: O autor escreve segundo o antigo prontuário ortográfico.
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