O que é o Ser empresário/a? O que é Ser Trabalhador/a? Podemos ter diferentes visões de modelos organizacionais. Uma coisa é certa, sem pessoas, sem trabalhadores, sem dirigentes, não há empresas. Importa que as partes trabalhem para o todo. Para se atingirem objetivos, resultados em que ambas as partes se motivem, não pode haver areia na engrenagem… coisa nada fácil.
É indispensável que a empresa defina políticas, objetivos, trace orientações, mostre a sua estratégia para os alcançar.
Por regra, os trabalhadores, estão formatados para executar, cumprir ordens, fazer o serviço, a fim dos objetivos serem atingidos (mesmo aqueles que não sabem quais são) e não para “pensarem”.
Em gíria, há muitos que dizem “pagam-me para trabalhar, não para pensar”. Claro que o trabalhador/a tendo vínculo laboral tem regras a que está obrigado a cumprir. Desconheço se algum trabalhador/a já foi punido, por no seu local de trabalho, ou fora dele, apresentar “ideias”, “sugestões”.
Empregador que se preze, deseja um trabalhador/a assim. Mesmo que não concorde com as suas ideias, sinaliza-o e quer ouvi-lo. Inteirar-se das vontades do seu Trabalhador/a, afinal ele/a até pode vestir a camisola da empresa…
O lado empresarial está preocupado com a Produção, mais valias realizadas, lucro. Na fotografia da empresa quer Qualidade, Responsabilidade Social e Ambiental e todas as coisas bonitas que possam levar a adquirir selos disto e de aquilo. Os Selos têm validade, uma vez adquiridos é permanente o trabalho de manutenção, para já não falar na Inovação…
As Organizações da Economia Social (não lucrativas) querem na sua fotografia ainda mais coisas, Inclusão, Solidariedade, Cooperação, entre outras…
Os trabalhadores querem salário, obviamente. Mas não só, há uma panóplia vasta que os trabalhadores valorizam. Horários… condições de trabalho, conciliação da vida pessoal/profissional e familiar, seguros de Saúde…
Consoante a dimensão das Organizações, o papel das Comissões de Higiene Segurança e Saúde no Trabalho, bem como das Comissões de Trabalhadores e claro os Sindicatos têm uma palavra importante a dizer. Estes têm desafios, nada pequenos, nos tempos que correm…
Formas de luta e Negociação são palavras atuais, vamos ouvir falar muito delas por variadas razões.
Produtividade e Inovação também. Muitas mais se poderiam enumerar, Diálogo Social, Concertação, Conciliação da vida pessoal/profissional/familiar, etc…
É legítimo que cada uma das partes “puxe a brasa à sua sardinha”, empregadores e trabalhadores não têm necessariamente de andar de costas voltadas.
A envolvência, as boas fés de todas as partes, contribuem para Organizações mais fortes e saudáveis.
É disto que precisamos.
Técnico de Formação Profissional