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Quarta-feira, Dezembro 3, 2025

Semana Política – Tarefa difícil do Governo

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Os ditos partidos do centrão, regra geral, andam quase sempre atrás da realidade, sendo obrigados a acordar quando os extremos esticam a corda para as suas causas. Também é certo que os ditos partidos que costumam dividir o poder têm mutos esqueletos nos armários e tudo fazem para os deixar bem selados, para que ninguém fale da sua existência Vejamos a nova coqueluche do Executivo de Luís Montenegro, Gonçalo Saraiva Martins, ministro-adjunto e da Reforma do Estado, tem a obrigação de tornar mais ágil e eficaz os serviços estatais. Ninguém no seu perfeito juízo é contra isso, mas é preciso perceber até que ponto terá liberdade para levar a sua empreitada avante.

A explicação para as minhas reservas é simples: tanto o PSD como o PS são os principais responsáveis por o Estado ter engordado a um ponto que o deixou bastante debilitado. Basta ver o que se passa nos serviços públicos para deitarmos as mãos à cabeça. Haverá pois coragem política para atacar os interesses instalados? Além da modernização dos serviços, e do fim da duplicação de organismos, haverá mesmo interesse em mandar para casa a `rapaziada´ que lá foi colocada pelas suas ligações partidárias ou a organizações secretas, como as dos aventais? Tenho sérias dúvidas, mas dou algumas sugestões, modestas, é certo, a Gonçalo Saraiva Martins. Em, primeiro lugar, faça um levantamento de todos os organismos estatais que têm um estatuto especial, como seja o caso, entre muitos outros, da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

Vejam as nomeações foram feitas com base nas necessidade do organismo e se os escolhidos cumprem os requisitos necessários. Falo do AMT porque escrevi sobre a sua realidade, mas podemos fazer o mesmo a todos os outros organismos similares Quando acabarem de ver tudo, não deixem de dizer as regalias que têm, não se esquecendo do Banco Portugal. Penso que todos concordamos que os trabalhadores devem ter acesso a ginásios pagos pela entidade empregadora, a serviços médicos no local de trabalho, a viagens recreativas, e por aí fora. Mas que se diga então onde o nosso dinheiro é gasto, pois não estamos falar de empresas privadas…

Repito, tenho sérias dúvidas que o nosso ministro possa chegar a onde deseja, e lembrei-me de Elon Musk. O que dizia Trump em, novembro do ano passado? “Juntos, estes dois grandes norte-americanos (Musk e Vivek Ramaswamy) vão traçar um caminho para a minha admiração desmantelar a burocracia governamental, reduzir a regulamentação excessiva, cortar nas despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais”. Viu-se como tudo acabou. Mas está é a oportunidade que o Governo português tem de lidar com os problemas que afligem as pessoas de uma forma direita, e que são lançados ou pela extrema-direita ou pela extrema-esquerda lá fora. A “gordura” do Estado está a tornar-se insuportável e a transparência tem que ser a regra. Os problemas não acabam na burocracia e na eficiência da máquina estatal. Vejamos o problema da imigração descontrolada. Quando, há cinco anos, alguém explicava que milhares de imigrantes viviam em condições miseráveis e que estavam a ser exploradas por máfias, além de que o país tinha que se preparar para receber condignamente de quem precisa, o que se dizia dessas pessoas? Fascistas, no mínimo.

Quem é que hoje não percebe que a imigração descontrolada é má para todos? Trump está a levar a cabo uma campanha de expulsão de imigrantes lamentável a todos os níveis, mas será que os EUA precisam de tantos milhões de ilegalizados? E, já agora, os protestos justificam os actos de vandalismo? Como é possível, por exemplo, Paris ter-se tornado numa cidade onde é assustador viver? A Europa, e Portugal em particular, que acorde e resolva os problemas param continuarmos a ser um belo país de emigrantes e imigrantes.

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