Com a chegada do verão e o aumento do risco de incêndios, o Município de São Brás de Alportel apresentou, esta quinta-feira, 27 de junho, o Plano de Ação de Prevenção de Incêndios Rurais para 2025, numa reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil e da Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

O plano contempla 23 eixos de intervenção e resulta de um trabalho articulado entre diversas entidades locais e regionais, como os Bombeiros Voluntários, a GNR, o Exército, a Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão, entre outros.
O município, inserido em zona de elevado risco na Serra do Caldeirão, aposta numa estratégia integrada e robusta, centrada na prevenção, na capacitação operacional e na proteção das populações.
Entre as principais medidas destacam-se:
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Limpeza de mais de 227 km de bermas e manutenção de 54 km de rede viária florestal, num investimento superior a 65 mil euros.
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Criação de 121 hectares de faixas de gestão de combustível em torno de aglomerados populacionais.
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Reforço do dispositivo aéreo com um helicóptero pesado no Heliporto Municipal.
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Implementação do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” em cinco aldeias e georreferenciação da população serrana para facilitar evacuações.
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Fiscalização ativa da limpeza de terrenos, patrulhamento permanente e vigilância com o apoio do SEPNA-GNR, UEPS-GIPS e Sapadores Florestais.
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Constituição de equipas especializadas de combate, como ECIN e Equipas de Intervenção Permanente, com apoio da ANEPC e da CIM Algarve.
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Campanha de sensibilização “A Floresta Não Tem Olhos, Olhe por Ela”, com ações específicas para a população sénior e rural.
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Colaboração com entidades gestoras de infraestruturas, como a REN e Infraestruturas de Portugal, para garantir faixas de proteção em redor de vias e linhas de energia.
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Parcerias com associações de caçadores e a Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, com enfoque na logística e apoio alimentar em operações prolongadas.

Segundo o município, este plano visa “rentabilizar recursos, agilizar procedimentos e reforçar a prevenção como o principal instrumento na defesa do território”, apelando à responsabilidade cívica da população.
OC/RPC
