Pressente-se a noite no resvalar da névoa
E as palavras encobertas e difusas
a caminho do meu ventre – noite infinda e tardia
Revelam-se os beijos na contínua nudez dos corpos
De repente,
a incandescente sinfonia de desejos insubmissos
o fogo noturno no fulgor das bocas
Na noite infinda e tardia
o vento soletra o teu nome
e o meu peito será sempre a tua primavera
a tua casa
onde começa a luz dos nossos beijos
Seremos sempre um barco sem rota
E os lugares onde desembarcamos.
Professora e Escritora