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Quarta-feira, Julho 16, 2025
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Onde tudo começa… – Por Rosa Maria Aranha

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A violência doméstica, quer física quer psicológica, começa já no namoro…

Acontece que, na maioria das vezes, os jovens não conseguem visualizar e identificar, nem sequer atender aos pequenos e simples sinais de alerta (“red flags”) relativamente ao ser humano com quem se relacionam e enfrentam, caindo em armadilhas e ciladas que levam às uniões de facto ou casamentos envoltos em dor, silêncio absoluto, mágoa e sofrimento: violência doméstica em toda a sua plenitude!!!

Os namorados, independentemente da idade, sujeitam-se e vergam-se sem qualquer pudor às imposições e às exigências do outro, pensando que são puros reflexos e atos de amor e de um ciúme consubstanciado no verdadeiro Amor… Irracionalidade…

Os jovens deixam de ser eles próprios, anulam-se, perdem a autoestima, o amor próprio, aprisionam-se inconsciente e involuntariamente, moldam-se às apetências e às vontades do outro, pretendem ser e mostrar aquilo que não são, mas o que o outro quer.

Erro irredutível e destruidor do Eu!

Ninguém é dono e proprietário de alguém, ninguém tem a posse de ninguém, nem sequer deve manipular e controlar o outro nas suas querelas, desejos, pretensões, ideais, vontades, atitudes, comportamentos e conduta.

Nos relacionamentos de namoro devem ser sempre atendidos o acrescento e valência de algoritmos em cada um e nunca por nunca a perda parcial ou total da essência ou profileração do outro.

Só vale a pena estar e viver num relacionamento em que cada um acrescenta algo substancial ao outro; caso contrário, será um relacionamento sem fado, sentido nem rumo, com tendência para a destruição da estabilidade e equilíbrio emocional do outro.

Pois, só pode ser fortuita e saudável a relação entre duas pessoas, na minha modesta opinião, se ambos e entre si cooperarem e acrescentarem “pontos” ao outro – embora diferentes, mas valorativos e construtivos -, senão é uma simples perda de tempo, uma grande deceção e um atroz e doloroso sofrimento, num futuro próximo, muito difícil de encarar e ultrapassar…

Atenda aos sinais, mesmo insignificantes e indeléveis, decifre os pequenos pormenores do outro, as atitudes, as condutas e os comportamentos do outro os quais são viáveis e passíveis de verificação da manipulação e controlo do seu Eu e que a cegueira impede de olhar a olho nu…

Nunca permita ser manipulado, controlado, anulado e aniquilado da sua essência e verdadeiro Eu…

O Amor é amar o outro tal como ele é e se apresenta à luz viva e reluzente dos seus olhos, com todos os seus defeitos e virtudes, na sua verdadeira essência, sem moldes ou molduras à vista e a impôr.

Aceite, plena e verdadeiramente, o Eu do outro… mas, para isso também precisa de se aceitar tal como é…

Reciprocidade e dualidade num só …

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