O Chuveirinho foi fundado por Pedro Miguel, João Correia e Pedro Medina com a colaboração no controle de emissão de Leonardo Leichsenning.
Na última edição, já teve a presença de Ricardinho, considerado o melhor jogador de futsal do Mundo.
Desta vez, Joaquim Jorge do Clube dos Pensadores foi o convidado e, naturalmente, falou-se de futebol, mas também de política e da sociedade.
Mínimos olímpicos
Sobre o tema desportivo do momento, Jogos Olímpicos de Paris, Joaquim Jorge não ficou satisfeito com a participação portuguesa
“Portugal teve um desempenho muito fraquinho nos Jogos . Não fosse o ciclismo de pista por Iúri Leitão e Rui Oliveira e não tínhamos tido uma medalha de ouro.
Em Portugal, há muitas mudanças de Governo, de Ministros e secretários de Estado. Temos que optar, ou queremos medalhas e apostamos forte nesse desiderato ou continuamos a ser campeões de andar de carro ao Domingo – o maior desporto nacional.
É preciso um modelo desportivo a longo prazo, que tem que estar por cima de mudanças na direcção do Comité Olímpico de Portugal ( COP) e do seu relacionamento com as federações.
A competição é muito exigente e os resultados ficaram aquém, mas temos que ser realistas e ser melhores fazendo o trabalho de casa.”
Depois desta “pincelada”, o futebol dentro de casa. Já começou o campeonato e, curiosamente, quer a Supertaça quer a primeira jornada, deixaram muita poeira no ar. Sobre isso, Joaquim Jorge ficou-se pela “loucura total, que foi a final da Supertaça.
” O FC Porto contra Sporting foi a loucura total! Há muito não se via assim um jogo. O FC Porto a perder 3-0, ninguém diria que ia dar a volta ao resultado. Foi bom para o Vítor Bruno, foi bom para André Villas-Boas, mas foi mau para o Sporting e foi mau para os detractores internos do FC Porto. Os portistas começaram com o pé direito e com uma força anímica, que não deve desperdiçar neste início de época. Isso foi evidente no 1.ºjogo do campeonato contra o Gil Vicente, em que venceu 3-0.”
A confusão na política nacional
Quando chegou a vez de falar de política, o fundador do Clube dos Pensadores, que já trouxe dezenas de políticos ao seu clube, apesar da crítica sibilina, até foi “meigo” na análise…
“O Governo está a dar tudo a toda a gente e o dinheiro não cresce, tem que vir de qualquer lado. Governar não é agradar a todos. Por este andar, vamos caminhar para um enorme défice. Governar é tomar decisões que muitas vezes são desagradáveis. Estamos a caminhar para um “governo de sorrisos”. Eu faço a mim próprio uma pergunta: “O anterior governo afirmou que era impossível, por ser incomportável para as finanças públicas satisfazer toda a gente. Este governo está a fazer exactamente o contrário?” Não percebo nada disto! Este Governo tem como horizonte, eleições antecipadas e ter uma boa votação superior à actual. Xadrez joga-se com peças de xadrez não com pessoas. E o que vejo é um jogo de xadrez político.
Já se consta nos “corredores do poder” que o Governo vai cortar os apoios aos combustíveis. Os portugueses têm que se preparar para pagar muito mais cara a gasolina. Deste modo, o Governo consegue arrecadar 3 mil milhões de euros para dar aumentos a toda a função pública.”
Joaquim Jorge ainda abordou a má educação dos portugueses e a importância de viver.
Foi sugerido que Joaquim Jorge colaborasse no programa uma vez por mês, a fim de haver mais e melhor conteúdo e, também, atingir outras faixas etárias a que a emissão tem alguma dificuldade em chegar.