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Domingo, Fevereiro 16, 2025

Mulheres na Música (Parte 10) : Janis Joplin – Por António Ferro

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António Ferro
António Ferro
Músico/Colaborador
Janis 1
Direitos Reservados

Imbuída por grandes nomes dos blues e do jazz, como. Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Big Mama Thornton, Odetta, Leadbelly e Bessie Smith, Janis fez de sua voz a sua característica mais saliente, tornando-se um dos ícones do rock psicadélico e dos anos 1960. foi considerada justamente, a maior cantora de rock dos anos sessenta. A revista Rolling Stone considerou-a, entre os maiores artistas de todos os tempos.
Janis Lyn Joplin, nasceu no Texas, na cidade de Port Arthur, nos Estados Unidos e após ter concluído o curso secundário na Jefferson School (1960), ingressou na Universidade do Texas, na cidade de Austin.
A sua atitude insurgente, levou-a a entrajar como os poetas da geração beat. Em 1963, foi residir para o bairro de North Beach em S. Francisco e aí, principiou a sua carreira como cantora folk.
Integrou o grupo Big Brother & The Holding Company, um grupo com alguma notoriedade na comunidade hippie, em Haight-Ashbury. O seu primeiro álbum para a editora independente Mainstream Records, em 1967, teve muito pouco sucesso, mas um ano depois, a canção “Piece of My Earth” do disco “Cheap Trills”, obteve o primeiro lugar na revista Billboard. Uma nova versão da canção “Ball and Chain”, no festival Pop de Monterey, deu a conhecer ao mundo, esta voz possante, atrevida e viorosa, vinda das entranhas da alma, de Joplin.

Janis 3
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Nos finais de 1968, Janis formou o grupo Kozmic Blues Band que a acompanhou no maior festival de rock de todos os tempos – Festival de Woodstock. O álbum “Pearl” de 1971, agora com o seu novo grupo Full Tilt Boogie Band, deu a conhecer a canção “Me and Bobby Mce” de Kris Kristofferson e aquela que a imortalizou, “Mercedes – Benz”, com letra do poeta Michael McClure.
A canção “Happy Trails”, foi um presente de aniversário para John Lennon, que segundo entrevista do “beatle”, chegou a sua casa, após a morte prematura de Janis.
O documentário Janis: Little Girl Blue, propelido em 2016, com direção de Amy Berg, pretende retratar a artista a partir de um olhar íntimo e arauto a respeito de suas escolhas artísticas e pessoais.
Além dos fragmentos de entrevistas e exibições nos festivais de Monterey e em Woodstock – já vistos em “Janis”, de Howard Alk, lançado 1974 inteiramente com imagens de arquivo, o filme tem outras gravações inéditas, incluindo registros do famoso documentarista D.A. Pennebaker feitos para “Monterey Pop”, de 1968, e entrevistas atuais. A diretora Amy Berg, que fez um trabalho de recuperação de cartas escritas pela própria cantora, levou sete anos para congregar o material.
Janis Joplin visitou o Brasil em Fevereiro de 1970, na tentativa de se alforriar do vício da heroína. Foi acompanhada pela sua amiga Linda Gravenites, que havia projetado figurinos da cantora de 1967 a 1969.

No dia 03 de outubro de 1970, Janis visitou o estúdio Sunset Sound Recorders, em Los Angeles, na Califórnia, para ouvir o instrumental da canção de Nick Gravenite, “Buried Alive in the Blues”. A gravação dos vocais de Janis estava agendada para o dia seguinte. À noite, ela foi para o hotel. No dia das gravações (4 de Outubro), ela não apareceu no estúdio. Então, John Cooke (empresário da banda) foi até o hotel, onde a encontrou morta, vítima de overdose de heroína possivelmente combinada com efeitos do álcool.
Sua morte ocorreu quando tinha apenas vinte e sete anos. Foi cremada no Westwood Village Memorial Park Cemetery, em Westwood, na Califórnia. Durante a cerimónia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico, conforme sua vontade.
O filme The Rose, com Bette Midler, foi alicerçado na sua vida. Foi homenageada através do musical Love, Janis, originado de um livro de mesmo nome, escrito por sua irmã, Laura.
É lembrada atualmente por sua voz forte e inolvidável, bastante semoto das influências folk mais comuns na sua época, e também pelos temas de dor e perda que escolhia para suas canções, um pouco à imagem de Billie Holiday.
Joplin foi integrada no “Roll All of Fame” em 1995 e postumamente recebeu o “Grammy Lifetime” em 2005.

Janis 2
Direitos Reservados

Uma voz única, uma rebeldia única, uma canção única que todos nós, num dia igual a tantos outros, cantarolámos, assobiámos, ou apenas recordámos no nosso íntimo…

“Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz?
Oh Lord, won’t you buy me a color TV?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won’t you buy me a color TV?
Oh Lord, won’t you buy me a night on the town?
I’m counting on you, Lord, please don’t let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord,…”



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