A Michael Page realizou um estudo intitulado “Geração Z no Mercado de Trabalho”, focando-se nas motivações e atitudes dos jovens profissionais face ao trabalho. Este estudo sublinha que a Geração Z, composta por indivíduos com idades entre os 18 e os 25 anos, está a redefinir as normas do mercado laboral. A geração, que se caracteriza por um forte compromisso social e ecológico, deverá representar mais de um quarto da força de trabalho nos países da OCDE até 2025.
Em Portugal, como em muitos países europeus, onde a população está a envelhecer rapidamente e a população ativa está a diminuir, a Geração Z surge como um grupo de talentos escasso, exigindo novas abordagens para atração e retenção de profissionais. Contudo, a pesquisa revela que os jovens da Geração Z têm uma ligação diferente ao trabalho, com uma menor predisposição para se comprometer com ele em comparação com as gerações anteriores.
Esta geração está altamente focada em questões de diversidade, equidade e inclusão. De acordo com o estudo, 28% dos profissionais da Geração Z afirmam que a eliminação da disparidade salarial entre homens e mulheres é a sua maior prioridade no que respeita à promoção da diversidade nas empresas. Além disso, eles procuram ambientes de trabalho que valorizem e promovam a inclusão, sendo este um fator determinante na sua escolha de empregador.
Outro aspecto relevante revelado pelo estudo é o desejo da Geração Z de ver a sustentabilidade incorporada nas políticas das empresas. Esta geração é conhecida pela sua forte consciência ambiental, o que leva muitos jovens a avaliar as empresas com base na sua responsabilidade social e ambiental. O trabalho remoto e a flexibilidade de horários também são pontos chave na atração deste grupo de talentos, que procura um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Em termos de gestão de talento, as empresas terão de se adaptar para atrair e reter a Geração Z, oferecendo ambientes de trabalho inclusivos, sustentáveis e que promovam a igualdade de género. Além disso, as organizações devem investir em benefícios que garantam a qualidade de vida dos seus colaboradores, sendo as flexibilidade e os programas de bem-estar cada vez mais exigidos pelos profissionais desta geração.
O estudo da Michael Page destaca ainda que, embora a Geração Z seja altamente motivada por valores éticos, a falta de um compromisso emocional com o trabalho poderá ser um desafio para as empresas que pretendem manter uma força de trabalho estável e motivada. Este fator poderá resultar em taxas de rotatividade mais elevadas, à medida que a Geração Z procura por empresas que refletirem as suas convicções e valores pessoais.
OC©
Foto | POLINA T.






