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Terça-feira, Novembro 5, 2024

Geopolítica, construtores de pontes, precisam-se – Por Victor Carvalho

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Victor Carvalho
Victor Carvalho
Técnico de Formação Profissional

Na vida, todos nós, devemos construir pontes uns com os outros. Por mais certezas, por mais alinhadas que cada um tenha a sua vida, ao longo dela, necessitamos de saber fazer pontes, sejam elas políticas, económicas, sociais, culturais, religiosas… isto aplica-se tanto a pessoas como países.

O exacerbar de egos, a solidão cultivada, não pode trazer nada de bom. Os extremismos não levam a lado nenhum. O ser humano, é por natureza um ser social. A vida deve ser vivida com qualidade possível.

Na sociedade em que vivemos, vemos um extremar de posições, felizmente minoria de defensores da tese de radicalismos.
Todos diferentes, todos iguais… todos precisamos de viver.
Em política, não há impasses. Alguém ganha, alguém perde, mesmo os derrotados, buscam a alteração da correlação de forças.

Estamos num tempo de guerras, Rússia/Ucrânia, Israel/Gaza as mais visíveis e noticiadas. O alastrar de conflitos, está infelizmente na ordem do dia, ciclicamente e ao longo de muitos anos o conflito Israel/Gaza arrasta-se, seria enfadonho saber quem começou primeiro se este ou aquele que disparou o primeiro tiro. Este ataca, aquele retalia e andamos nisto, anos a fio. O médio oriente está a ferro e fogo. Israel vai ao Líbano, a internacionalização da guerra está a escalar, agora o Irão a atacar Israel. Deveria haver dois estados soberanos, Israel e Palestina, respeitados pela comunidade internacional. Que lindo seria haver paz.

Israel é uma potência militar, tem dos melhores serviços secretos do mundo. A história noticiada dos “pagers”, mostra a antecedência de preparação para a eliminação dos inimigos. Israel cultiva o “Si vis pacem, parabelum”, se queres a paz, prepara a guerra.
Nenhuma Guerra é boa.

Porque há guerras? Muitas podem ser as explicações possíveis, tantas são as variáveis, entre outras, religiosas, políticas, étnicas, e claro os recursos dos quais o Petróleo em grande destaque. O Mundo mudou muito, caiu o muro de Berlim, acabou a União Soviética, nasceram novos países a leste, e no mundo, alguns entraram para a NATO, o Pacto de Varsóvia desapareceu, está em construção uma nova ordem mundial.

Outros conflitos existem, Eritreia, República Centro Africana … Fome em larga escala, milhões de deslocados em todas as guerras. Estas não afetam somente aquelas regiões do mundo onde ocorrem, as consequências são globais. Guerra traz fome e todas as desgraças, doenças, inflação …

O Papa Francisco intervém, condenando as guerras e apelando à Paz. Outros líderes, de outras confissões religiosas tentam o mesmo.
Há diálogo Ecuménico (entre religiões), o certo é que as guerras continuam.
Quem tenta construir a paz, depara-se com inúmeras dificuldades.
A opinião pública mundial lá vai promovendo uma ou outra manifestação em prol da Paz, tentando consciencializar e mobilizar os cidadãos para a causa da Paz.

O mundo está a partir-se em dois blocos, de um lado EUA em liderança e do outro, a desenhar-se, não sei que nome terá essa frente, se é que haverá frente, Rússia, China, atuando sozinhos, sendo conhecidas as visitas e cooperação entre eles. Há países, ex: Coreia do Norte, fechados ao mundo e não são flor que se cheire.
Parece que o mundo está a ficar a duas cores entre tantas possíveis, (bandeira de cada país) existente.

Apesar dos apesares, as democracias ocidentais, o melhor existente, precisam de melhorar, teremos de defender o Ocidente, ao qual pertencemos.
Que papel tem a ONU? Esta precisa de reformulação.

Não obstante a condenação dos acontecimentos de 7 de outubro do ano passado pelo Secretário Geral da ONU, este é tido como “Persona non grata” em Israel. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, proibiu-lhe a entrada, Katz acusa Guterres de apoiar “terroristas, violadores e assassinos do Hamas, do Hezbollah, dos Houthis e agora do Irão – a nave-mãe do terror global”.
Será lembrado como uma mancha na história da ONU.”, disse Katz ao mundo.

Quem pode emergir como árbitro nas guerras?
Quem podem ser os construtores de pontes entre beligerantes?
Que estratégias pode o mundo ter com vista à construção da paz?
Precisamos dela, nesta nossa aldeia global.

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