Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente dos “Dragões” e concorrente a novo mandato, apesar de não ver a TVI, reagiu com indignação às palavras do diretor do canal.
“Não vejo a TVI, mas comecei a receber mensagens com a transcrição do que foi dito. Acho lamentável, mas como maldade rima com imbecilidade, as duas coisas juntas deram aquele triste espetáculo televisivo.” – disse.
Francisco J. Marques foi mais longe ao afirmar ” Até onde pode chegar a estupidez humana. Centenas de milhar de mortos e o Moniz, que desta vez não fugiu para o Brasil, a tentar frazer graçolas, marimbando-se para o sofrimentos causado pela guerra. Triste TVI que é dirigida por gente que só vive para as revistas cor de rosa.”
André Villas-Boas deixou nas redes sociais a sua opinião sobre o que considera “incidente”
“Triste infelicidade ou triste figura? Um pedido de desculpas ao FC Porto, aos seus adeptos e simpatizantes é o míninmo que se deve exigir à direção da TVI pelo infeliz incidente a que assistimos. Fazer piadas circenses que desrespeitam profundamente a Instituição é lamentável e indigno de qualquer orgão de comunicação social.”
Também Nuno Lobo, o primeiro a apresentar-se como candidato à liderança dos portistas comentou : “Fazer analogias com a guerra da Ucrânia ou Palestina, onde todos os dias se perdem vidas humanas, com a Assembleia Geral do FC Porto, é de uma falta de racionalidade e respeito atroz. Lamentável!”
OC – Comentário
Por Alberto Jorge Santos ( Jornalista)
Não sei se José Eduardo Moniz é, ainda, jornalista. Espero, sinceramente, que não . Qualquer pessoa que usa a televisão ou outro orgão de comunicação de massas deve ter a noção exata do que é o desrespeito pela liberdade de expressão e ponderar, (antes de falar sobre eles) a gravidade dos conflitos que, hoje, nos afligem tanto. Moniz ignorou tudo isso e prestou-se a uma figura ridícula. Basta analizar os rostos de quem assistia à gala para perceber que cometeu um erro crasso.
Se tivesse sido o Ricardo Araújo Pereiro, o Bruno Nogueira ou o Cesar Mourão, se calhar, brincavam com a Assembleia turbulenta do FC Porto, mas jamais com a desgraça do povo ucraniano ou palestino. Mas, que se saiba, José Eduardo Moniz não é humorista. Por isso, pôs “a pata na poça”.
Uma figura que devia dar-se ao respeito, alhear-se, enquanto exerce o seu trabalho, de questiúnculas futebolísticas – até porque foi um dos grandes apoiantes de um presidente que caiu em desgraça no seu clube – aproveitou a oportunidade para insultar o principal adversário! Não é aceitável, obviamente. Sejam quais forem os clubes em questão.
Pior! Pior do quer a piada futebolística – talvez devido a algum ressabiamento não resolvido – foi, de facto, a analogia com a a guerra. Mau gosto, mau profissionalismo, insensibilidade. Uma noite má, muito má para José Eduardo Moniz. Mas um bom exemplo para os jovens candidatos a profissionais de televisão saberem o que nunca deverão fazer em antena.
Alberto Jorge Santos ( Jornalista)
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Jornalista