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Terça-feira, Novembro 18, 2025

“Chuva” de golos na qualificação de Portugal

Portugal qualificou-se hoje para o Mundial2026 de futebol, ao vencer a Arménia por 9-1, na sexta e última jornada do Grupo F, no Estádio do Dragão, no Porto, depois de desperdiçar dois ‘match-points’.

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Bruno Fernandes e João Neves, com três golos, cada, foram os melhores marcadores desta anunciada vitória – e expectável apuramento de Portugal -, iniciada aos sete minutos e concluída nos descontos, num jogo sem Cristiano Ronaldo, castigado, mas com Renato Veiga, Gonçalo Ramos e Francisco Conceição a mostrarem pontaria afinada.

Portugal terminou o Grupo F, com 13 pontos, mais três do que a Irlanda, vencedora do confronto na Hungria (3-2) e que conquistou o direito a disputar os “play-offs”, enquanto a Hungria, com oito, e Arménia, com três, ficam de fora.

Depois do empate com a Hungria (2-2) e da derrota, na quinta-feira, na Irlanda (2-0), Portugal voltou a adiar a qualificação para o último jogo, o que não acontecia desde 2017 (vitória por 2-0, no Estádio da Luz, frente à Suíça), embora com vantagem na classificação e evidente superioridade em campo face à modesta Arménia, bem ilustrada nos números ao intervalo.

Aos sete minutos, Renato Veiga abriu o marcador para Portugal, que voltaria a marcar por Gonçalo Ramos, aos 28, João Neves, em dose dupla, aos 30 e 41, antes de Bruno Fernandes, já nos ‘descontos’ do primeiro tempo, fazer o quinto, de grande penalidade. Pelo meio, Spertsyan ‘espantou’ o Estádio do Dragão e empatou para a Arménia, aos 18.

Na antevisão ao jogo, na véspera, Bruno Fernandes e Roberto Martínez carregaram nos elogios à Arménia, num discurso mais para o interior do grupo, privado do capitão Cristiano Ronaldo, por castigo, com o médio do Manchester United a apontar, também, o caminho das ‘Américas’ se a seleção fosse capaz de “acelerar mais o jogo” e conseguisse “colocar mais gente na área para criar confusão”.

Bruno Fernades marcou 3 golos. Foto de FPF

Não foi preciso tanto, apesar das entradas no ‘onze’ de Nélson Semedo e Renato Veiga para a defesa, de Bruno Fernandes para o meio-campo, e de Rafael Leão e Gonçalo Ramos para o ataque apontarem para essa velocidade extra no jogo luso.

O golo madrugador de Renato Veiga, na recarga a um livre lateral de Bruno Fernandes que Avagyan defendeu para o poste, ajudou a tirar pressão, mas tranquilizou em excesso a equipa, ‘adormecida’ no primeiro ataque da Arménia, aos 18 minutos, em lance concluído na área lusa pelo capitão Spertsyan para o empate.

Por essa altura, era o estádio quem puxava pela equipa, numa onda festiva que subiu de tom no golo de Gonçalo Ramos, aos 28 minutos, ao aproveitar um mau atraso de Serobyan para contornar o guarda-redes e finalizar sem dificuldade.

Praticamente a seguir, João Neves fez o terceiro e desfez todas as dúvidas sobre o vencedor, a partir de uma recuperação alta de Renato Veiga a levar a bola a Vitinha e a Bruno Fernandes antes de o médio do Paris Saint-Germain rematar na passada.

Neves voltaria a mostrar dotes de goleador num livre direto batido de forma exímia, aos 41 minutos, antes de Bruno Fernandes juntar o seu nome na lista de marcadores, na conversão de uma grande penalidade a castigar um agarrão a Rúben Dias na área da Arménia.

No segundo tempo, viu-se menos os laterais lusos projetados por dentro, a bola circulou mais, mas mais devagar, e os jogadores puderam desfrutar do jogo e de um resultado que foi crescendo nos tentos de Bruno Fernandes, aos 52 e 72 minutos, o primeiro aproveitando boleia de um trabalho de Gonçalo Ramos na construção do lance e o segundo novamente de grande penalidade.

A falta para o castigo máximo foi cometida sobre o estreante Carlos Forbs, lançado no jogo aos 56 minutos, envergando, curiosamente, a camisola ‘7’ usada habitualmente por Cristiano Ronaldo.

Martínez ainda deu tempo de jogo a Francisco Conceição, João Félix, Matheus Nunes e Rúben Neves, e as oportunidades sucediam-se ao ritmo do pedido vindo das bancadas de “só mais um”.

E tanto João Neves, aos 81, como Francisco Conceição, no derradeiro lance, puderam festejar, num jogo de sentido único e que assinalou 22 anos de existência do Estádio do Dragão.

OC/AJS

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