Assinala-se hoje, 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade, uma data que visa sensibilizar para a realidade de 13,4 milhões de nascimentos prematuros que ocorrem anualmente a nível mundial.
Em Portugal, cerca de 8% dos nascimentos são prematuros, expondo um número considerável de recém-nascidos a um contexto clínico delicado e exigindo uma resposta eficiente e adequada das unidades de neonatologia. A XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Neonatologia (SPN) e a Associação Portuguesa de Enfermagem Pediátrica e Neonatal (APEPEN), sublinha a necessidade de assegurar um sistema de cuidados neonatais com condições equitativas para todos os recém-nascidos e suas famílias.
A prematuridade continua a ser uma das principais causas de mortalidade infantil global, e a campanha deste ano coloca o foco no “Acesso a Cuidados Maternos e Neonatais de qualidade em todos os lugares”. Este lema traduz a urgência de implementar medidas que melhorem a capacidade de resposta das unidades neonatais, ainda confrontadas em Portugal com a escassez de profissionais especializados e limitações de infraestruturas e equipamento médico.
Entre as principais reivindicações apresentadas pela XXS e as suas parceiras, está a criação de condições para que os pais possam permanecer junto aos seus filhos nas unidades hospitalares, reforçando o conceito de cuidados centrados na família. A associação defende que todos os hospitais garantam uma “Separação Zero” entre pais e bebés, possibilitando um acompanhamento contínuo dos recém-nascidos. Para além disto, a construção de novas unidades neonatais, de acordo com padrões específicos para apoio a estas famílias, surge como outra prioridade.
A formação de profissionais especializados é apontada como essencial para o atendimento neonatal. A escassez de neonatologistas e enfermeiros pediátricos é um problema que, segundo a XXS, compromete a qualidade do apoio prestado. A associação apela ao recrutamento e formação contínua de equipas para responder adequadamente à complexidade dos cuidados necessários a bebés prematuros.
Outro ponto destacado é a necessidade de fornecer apoio psicológico aos pais, contribuindo para a estabilidade emocional da família durante este período crítico. A XXS defende ainda que todos os centros neonatais sejam equipados com tecnologia avançada, de forma a garantir as melhores condições de sobrevivência e recuperação para os recém-nascidos.
O apelo ao envolvimento de entidades políticas e de saúde é central nesta campanha, que pretende mobilizar decisões para que o sistema de saúde esteja preparado para os desafios da prematuridade. “O Dia Mundial da Prematuridade 2024, pelo que representa, é a oportunidade para a comunidade se unir e exigir, no nosso país, compromissos que assegurem condições adequadas e cuidados de qualidade centrados na criança e na família, garantindo que cada vida seja valorizada e que todos os bebés que nascem cedo demais e as suas famílias encontrem todo o apoio neste momento tão desafiador.”, afirma Paula Guerra, Presidente da XXS.
A XXS, enquanto representante nacional desta causa, reforça a importância de uma sociedade consciente e ativa para garantir que todos os bebés que nascem prematuramente tenham um início de vida digno e seguro. O objetivo, conforme destacado pela associação, é que o impacto da prematuridade seja mitigado, proporcionando a estes bebés uma possibilidade justa de sobreviver e prosperar, tal como a data pretende simbolizar em mais de 100 países.
Sobre a XXS e o Dia Mundial da Prematuridade
A XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro é uma organização dedicada a apoiar os bebés prematuros e as suas famílias em Portugal. Em parceria com instituições como a SPN e a APEPEN, a XXS continua a lutar por melhores condições de saúde e apoio à família.
Criado pela European Foundation for the Care of Newborn Infants, da qual a XXS faz parte, o Dia Mundial da Prematuridade é uma data que simboliza a luta de mais de 100 países e de largos milhões de pessoas e a esperança de que todos os bebés tenham uma possibilidade justa de sobreviver e prosperar.
OC/RPC