O Governo são-tomense quer melhorar a recolha de dados sobre o turismo para orientar políticas públicas e investimentos para o setor que contribui com cerca de 11% do PIB nacional, anunciou a ministra da tutela.
Nilda da Mata falava durante o workshop de validação e diálogo político de alto nível sobre o desenvolvimento da Conta Satélite do Turismo (CST) em São Tomé e Príncipe, que decorreu na quarta e quinta-feira em São Tomé.
“Este relatório demonstra que o Turismo contribuiu diretamente com cerca de 11% no PIB nacional e 10% do valor acrescentado bruto em 2024, colocando o setor entre os principais motores da economia são-tomense comparável à importância da agricultura e outros setores tradicionais”, disse Nilda da Mata.
A governante são-tomense sublinhou que num pequeno Estado insular como São Tomé e Príncipe, “o turismo é um pilar vital do desenvolvimento sustentável” e representa “uma das mais importantes fontes de emprego, rendimentos, divisas e oportunidade de investimento”.
Além disso, acrescentou, Nilda da Mata, tem uma capacidade única de integrar diferentes setores desde a agricultura, cultura, transportes, hotelaria, “impulsionando o crescimento económico de forma transversal e inclusiva”.
“Mas para que este potencial se concretize plenamente, precisamos de dados estatísticos fiáveis, atualizados e consistentes, que sirvam de base à programação, monitorização e tomada de decisões políticas”, sublinhou.
Segundo a ministra, Conta Satélite do Turismo oferece uma “visão clara e quantificada do papel do turismo no desenvolvimento económico e social de São Tomé e Príncipe“.
“Os resultados apresentados neste relatório são motivos de orgulho, mas também um convite à reflexão e ação. Ainda temos o desafio de consolidar os sistemas de recolha e de análise dos dados turísticos, reforçar a coordenação institucional e assegurar que a informação produzida oriente as políticas públicas e investimentos privados”, disse, Nilda da Mata.
A primeira Conta Satélite do Turismo de São Tomé e Príncipe foi desenvolvida através de uma estreita colaboração entre a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) , instituições nacionais e parceiros da ONU, e “representa uma base analítica sólida para captar com precisão o verdadeiro valor económico do turismo e orientar o investimento público e privado para um crescimento inclusivo e sustentável”, segundo um comunicado da organização enviado à Lusa.
O turismo é, de resto, uma aposta estratégica do arquipélago, espelhada na Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2026-2040, assente no turismo sustentável, que será apresentada no Fórum de Investimento, programado para dezembro em Bruxelas, anunciou recentemente o governo local.
No ano passado, o arquipélago bateu o recorde e recebeu 41 mil turistas, garantindo emprego a aproximadamente 14% da população, de acordo com a ONU.



 
                                    



