Aprovado o OE 2025, o Governo de Luís Montenegro tem assegurado a sua sobrevivência, tendo em conta o calendário presidencial ( eleições em Janeiro 2026), até ao Verão de 2026. Mesmo que o próximo OE 2026 não passe, Marcelo Rebelo de Sousa está impedido de dissolver o Parlamento.
Assim, em 2025, as eleições autárquicas ganham uma enorme relevância no novo ciclo eleitoral ( Setembro/Outubro 2025). Um bom resultado do PSD será uma almofada para o que vem a seguir: presidenciais e eventuais legislativas antecipadas em 2026.
Sendo assim, o Clube dos Pensadores (CdP) vai-se debruçar sobre as eleições autárquicas vs. política local.
O Porto é uma cidade chave e apetecível, assim como, Lisboa e Gaia. Em Lisboa foi endereçado um convite a Carlos Moedas que respondeu: ”agradeço imenso o convite, mas nesta altura ausentar-me de Lisboa é muito difícil. Temos que pensar numa data com antecedência”.
No Porto já há um candidato assumido, Manuel Pizarro (PS), mas podem surgir outros nomes na área socialista, como Nuno Cardoso que já foi presidente da edilidade. O PSD decide até à Páscoa. Em Gaia, aguarda-se Luís Filipe Menezes.
O CdP, por o seu fundador Joaquim Jorge convidou Nuno Cardoso antigo presidente da CM Porto, para estar presente dia 7 de Fevereiro, sexta-feira, às 21h30 , no Hotel Holiday Inn Porto-Gaia para nos falar de política local.
Nas eleições autárquicas é permitido concorrer candidatos independentes, ao contrário, nas eleições legislativas não podem concorrer deputados independentes salvo se forem integrados em listas de partidos.
Os independentes podem concorrer a uma autarquia, mas tudo é-lhes dificultado. Não se pode tentar querer ganhar na secretaria, um jogo que deve ser igual para ambas as partes: partidos e independentes. As regras do jogo estão viciadas à partida.
Uma candidatura independente exige um conjunto de condições prévias, mais complexo que as apresentadas para formar um partido, nomeadamente um número vasto de assinaturas e uma especial capacidade financeira por parte da estrutura de apoio.
Os partidos continuam em larga vantagem: não têm que reunir assinaturas; subvencionados pelo Estado; benefícios fiscais (IRC e IVA); entre outros.
A nossa democracia não é para democratas, é só para os senhores dos partidos que fazem as leis a seu bel-prazer e quando veem que essa lei, apesar de todo o entrave, consegue fazer eleger independentes, tentam de outra forma obstaculizar os independentes. A partidocracia no seu melhor!
O CdP mantém-se a falar no Norte para o país.
O CdP vai efectuar o 142.º debate e está a caminho de fazer 19 anos. Prossegue as conversas cara a cara, a ter pessoas juntas a discutir Portugal para reflectir sobre problemas que, por vezes, leva a fornecer respostas para as transformações sociais.
O CdP pugna pela existência de espaços abertos de discussão. Dizemos que vivemos em democracia, mas não o é, a democracia não é somente votar de 4 em 4 anos.
O CdP avança com o seu ciclo de políticas: realizou um debate de política internacional com Germano Almeida e Ana Cavalieri; politica nacional com Ascenso Simões; agora politica local com Nuno Cardoso.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores