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Segunda-feira, Março 24, 2025

Perdão – Por Victor Carvalho

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Victor Carvalho
Victor Carvalho
Técnico de Formação Profissional

Saber perdoar é uma virtude. Muitos não o sabem fazer, outros não querem… Ao longo da vida, erramos. Errar é humano.

Independentemente das convicções políticas, filosóficas, religiosas ou a ausência delas, no todo ou em parte, todos precisamos do perdão.

Quando chega esse momento tão desejado? Pode haver várias variáveis em presença, passadas ou recentes, todas influenciam o retardamento ou a tomada de decisão.

Para haver perdão é necessário haver quem queira perdoar e quem aceite ser perdoado. Condição sine qua non para a reconciliação.

Ambas as partes devem ter feito previamente o seu trabalho de casa, análise das causas do/s diferendo/s, autoconhecimento, predisposição para o encontro do perdão. Uma coisa é a teoria, outra é passar da teoria à prática.

Conheço famílias em que é preocupante esta situação. Nalguns casos, famílias inteiras. Criaram uma cultura de não perdão, coçam as feridas, nuns casos, sim, questões relevantes, noutros casos questões minúsculas, de pormenores e por o serem se tornam maiores.

Famílias há que essa postura errática passou de uma geração para outra. Pensa o estimado leitor que isto apenas se passa nas famílias? Em empresas/Instituições também há, infelizmente, disto. Mudam as Direções/Administrações e permanecem funcionários que ao longo de anos não falam uns para os outros. Numa visão simplista, poderá o leitor/a dizer que se trata de gente malformada. Desengane-se, não raras vezes gente licenciada, mestrada e de doutoramentos. Antes dos títulos, são seres humanos e como tal passíveis de erros… Há tempos, meio a sério meio a brincar e com algum humor pelo meio dizia ”é preciso fazer o Congresso do perdão”. Do que conheci ao longo destes anos, tenho visto muita gente a coçar a ferida em vez de se disponibilizar para a cura.

No caso de alguém querer perdoar e o putativo candidato ao perdão não manifestar interesse, não querer saber, não se disponibilizar, resta a quem quer perdoar e caso seja crente, em fazer o seu perdão com o “Supremo” da sua religião. É um felizardo por a ter, e ficar em paz de espírito…

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