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Quinta-feira, Abril 24, 2025

Organizações ambientalistas condenam proposta de pesca do atum nas Ilhas Selvagens

Organizações ambientalistas estão contra a abertura da Reserva Natural das Ilhas Selvagens à pesca do atum, alertando para possíveis danos irreversíveis ao ecossistema marinho e décadas de esforços de conservação.

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As Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) ANP|WWF, GEOTA, LPN, Sciaena, SOA Ocean Devotion Madeira, SPEA e ZERO expressam forte oposição à proposta de abertura da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, na Madeira, à pesca do atum. A sugestão, integrada nas negociações para a formação de um novo governo regional, ameaça comprometer a integridade ambiental da maior Área Marinha Protegida (AMP) do Atlântico Norte. 

A reserva é um refúgio essencial para inúmeras espécies marinhas e aves, incluindo a cagarra, que viu a sua população recuperar significativamente devido à proteção instaurada desde 1976. As ONGA alertam que permitir a pesca na reserva pode causar danos irreversíveis ao equilíbrio ecológico da região, pondo em risco décadas de esforços de conservação. 

Em 2022, a extensão da área protegida para mais de 2600 km² consolidou as Ilhas Selvagens como a maior área marinha com proteção total da Europa. As ONGA sublinham a importância desta área para a regeneração das populações marinhas e a manutenção da saúde do ecossistema. 

Reforçam ainda que abrir exceções à proteção integral da reserva contraria os objetivos da Agenda 2030 e os esforços globais de proteção ambiental. As organizações apelam ao Governo Regional e ao Governo da República para que mantenham a proteção total da reserva, assegurando a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e a preservação da biodiversidade para as gerações futuras. 

Edição: Rui Paulo Costa
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