O deserto pode ser assustador. A imensidão de tantas areias, a escassez de vegetação, a aridez, o isolamento… Também há quem veja e sinta beleza, nem que seja temporária e, sobretudo, sabendo que tem recursos para o enfrentar… nomeadamente, água, boa alimentação e, em caso de doença, poder ser socorrido…
Este é o deserto físico.
Nos nossos corações, cada ser humano pode ter um deserto. A vida não é feita de régua e esquadro e, em algum momento na juventude ou na idade adulta, mais ou menos madura, podemos ter de atravessar o deserto…
A travessia deste pode não ser fácil: doença, desemprego, dor, solidão… Toda a gente tem questões, umas podem ser mais delicadas do que outras, cada um/a saberá das suas e para as enfrentar ou tem força anímica suficiente ou tem de recorrer a ajuda de familiares e amigos e quiçá de profissionais de saúde.
No silêncio, conhecemo-nos melhor, as fraquezas, as potencialidades e tentamos perceber como chegamos ao problema. As reflexões conduzem a interiorizações … estas serão mais ou menos profundas e, caso a pessoa em questão seja crente, poderá levar ao aprofundamento da sua fé. Os agnósticos/as podem converter-se. Ao verem a vida com outros prismas, ângulos, adquirirem novos interesses, novos hábitos, novos estilos de vida, em suma, é o renascer. As transformações serão, certamente profundas e duradouras.
As transformações poderão ser em todos os âmbitos pessoal e/ou profissional.
Por maior que sejam as dificuldades que sejam na travessia do deserto de cada um/a, este é também uma aprendizagem. Uma postura resiliente e positiva contribui fortemente para a superação dessa caminhada. Se te encontrares no deserto, não desistas da busca constante em sair dele e poderás encontrar o que procuras, entre outros, a concretização de sonhos e metas.
NÃO TENHAMOS MEDO DO DESERTO
Técnico de Formação Profissional
