A 64.ª edição da ModaLisboa começou hoje, com debates no MUDE, prosseguindo até domingo com desfiles, conversas e instalações artísticas, no Centro de Arte Moderna (CAM) e no Pátio da Galé, com vários momentos de entrada livre.
De acordo com a organização, esta edição, que decorre sob o tema CAPITAL, arrancou, como habitualmente, com as “Fast Talks”, com uma programação de entrada livre focada no impacto social, cultural e ambiental da indústria da Moda.
O programa desta edição, desenhado com a Embaixada de Itália em Lisboa, no âmbito do Italian Design Day, começou com um ‘workshop’, apenas para convidados, com o empresário e ‘ativista da sustentabilidade’ italiano Matteo Ward, prosseguindo com dois painéis de debates e terminando com a exibição de dois episódios da série “Junk”, “que pretende refletir sobre as consequências da sociedade de consumo“.
Na sexta-feira, a ModaLisboa muda-se para o Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, antes de se instalar no Pátio da Galé.
O programa no CAM começou no espaço educativo com “Diálogos“, que a organização definiu como “conversas intimistas entre artistas e designers ModaLisboa“: Adriana Proganó esteve à conversa com Diogo Mestre (Mestre Studio), João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira com Marta Gonçalves (Hibu Studio), e Mikhail Karikis com Lidija Kolovrat.
A Sala Estúdio do CAM foi palco da apresentação da coleção outono/inverno 2025/26, “Second Best”, de Constança Entrudo.
Além disso, a designer de moda fará, amanhã, um ‘takeover’ (ocupação, em português) da loja do CAM com peças de arquivo, peças da coleção primavera/verão 2025 e uma edição especial de amostras de tecido únicas (de arquivo e da coleção “Second Best”).
As atividades que acontecem entre as 16:00 e as 18:00 são de entrada livre, mediante levantamento de bilhete no próprio dia na bilheteira do CAM, a partir de duas horas antes do início de cada sessão.
Ainda na sexta-feira, a ModaLisboa regressa ao seu ‘quartel-general’, o Pátio da Galé, começando com a final do concurso Sangue Novo, destinado a finalistas de cursos superiores de Design de Moda de escolas nacionais e internacionais e jovens ‘designers’ em início de carreira.
Os cinco finalistas – Dri Martins, Duarte Jorge, Francisca Nabinho, Gabriel Silva Barros e Ihanny Luquessa – foram selecionados em outubro, na 63.ª edição da ModaLisboa, e apresentam amanhã “o produto do seu crescimento conceptual e maturidade comercial, desenvolvido no último semestre com acompanhamento e mentoria do painel de jurados“.
Na sexta-feira, são ainda apresentadas as coleções de Inês Barreto, da Mestre Studio e de Alves/Gonçalves, desfile que marca o regresso da marca à ModaLisboa e o primeiro desde a morte do designer de moda Manuel Alves.
As apresentações de coleções prosseguem no sábado com Carlos Gil, finalistas dos ‘campus’ de Itália e Espanha do IED – Istituto Europeo di Design, Luís Onofre, Kolovrat, Luís Buchinho, Ricardo Andrez e Luís Carvalho.
Para o último dia da 64.ª edição, domingo, estão marcados os desfiles de Nuno Baltazar, Bárbara Anastácio, Arndes, Valentim Quaresma, Duartehajime, Gonçalo Peixoto e Dino Alves, bem como a apresentação da Portuguese Soul, da responsabilidade da APICCAPS — Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos.
Entre sexta-feira e domingo, a Praça do Comércio irá acolher a instalação artística “A teia que nos une”, promovido pelo ModaPortugal, do Centro de Inteligência Têxtil (CENIT) e da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC).
Aquela instalação, “que acolhe os públicos da cidade“, irá emitir em direto os desfiles que acontecem no Pátio da Galé, assim como “conteúdos que assentam em valores como a preservação das técnicas artesanais, a durabilidade, a sustentabilidade e a tecnologia“.
A ModaLisboa é coorganizada pela Associação ModaLisboa e a Câmara Municipal de Lisboa.
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Foto | Lusa