O casamento real entre D. Fernando e D. Leonor Teles, um dos episódios mais marcantes da História de Portugal que remonta a 1372, foi recriado na Feira Medieval de Leça do Balio, projetando-se como o momento mais especial desta edição de Os Hospitalários no Caminho de Santiago 2025.
Na verdade, Leça do Balio regressou ao passado entre os dias 09 e 14, numa verdadeira viagem no tempo até à época medieval, em linha com um programa rico em atividades culturais e lúdicas, que beneficiou do envolvimento da comunidade.
Ao longo de seis dias, os participantes e visitantes foram desafiados a envolver-se numa experiência única e imersiva, onde puderam assistir a encenações históricas, como torneios medievais, espetáculos de fogo, malabaristas, música, falcoaria, entre outras.
Visitar mercados temáticos, designadamente um mercado com mais de 200 mercadores, um acampamento militar e uma aldeia medieval e, ainda, degustar iguarias inspiradas em receitas ancestrais foram, também, dinâmicas que atraíram a comunidade, para além das famosas procissões dos cavaleiros Hospitalários e peregrinos.
As recriações históricas decorreram na envolvente do Mosteiro de Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, transformando o espaço num autêntico cenário medieval, onde são recordados os tempos em que a Ordem dos Cavaleiros de S. João de Jerusalém do Hospital prestava assistência aos peregrinos de Santiago de Compostela.
Esta recriação histórica transportou o público à Idade Média, destacando o papel central do Mosteiro na história de Portugal como um dos monumentos “mais emblemáticos” do Norte de Portugal e sede da Ordem dos Cavaleiros de S. João de Jerusalém do Hospital, conhecidos como hospitalários.
O evento, que também destaca a rede de peregrinações a Santiago de Compostela, tornou-se já uma tradição anual, onde lazer, cultura e património se entrelaçam.
Os Caminhos de Santiago são hoje, como no passado, e para lá da sua vocação religiosa, veículos privilegiados de difusão e enriquecimento cultural, artístico e recreativo.
AP/MP
FOTOS | ANTÓNIO PROENÇA/OCidadão
Jornalista free-lancer






