Como garantir a sustentabilidade cultural, económica e social nos Centros Históricos das cidades e vilas é o tema em destaque na nova edição da AR-PA – Bienal Ibérica de Património Cultural 2025 – o certame de referência no sector do Património Cultural em Portugal e Espanha.
A decorrer a 4 e 5 de Dezembro, no Centro Olga Cadaval, e por ocasião da celebração dos 30 anos da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade, a AR-PA 2025 é organizada pela Spira – revitalização patrimonial, contando, nesta 8.ª edição, com o Município de Sintra e a Fundação Cultursintra como promotores.

Convocados para a discussão em torno dos Centros Históricos estão cerca de 20 especialistas com experiência associada aos vários locais urbanos e naturais que, em Portugal, estão classificados como Património Mundial, como é o caso de Angra do Heroísmo (1983), Évora (1986), da própria Paisagem Cultural de Sintra (1995), Porto (1996), do Centro Histórico de Guimarães (2001) e Zona de Couros desta cidade (2023) e, ainda, o caso de Burgos, em Espanha.
Durante a AR-PA 2025, a discussão alarga-se ao desenvolvimento de conteúdos e da possível programação deles decorrente, analisando o trabalho de redes de equipamentos patrimoniais em contexto concelhio, como é o caso de Lisboa, entre outros, ou, ainda, em contexto de celebrações temáticas como é o caso das Capitais Europeias da Cultura, atendendo às versões nacionais de Aveiro, Braga e Ponta Delgada e à dimensão europeia de Évora27.

O papel das instituições públicas neste contexto também é debatido, com representantes do Património Cultural, I.P, das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), da Associação Nacional de Municípios com Centro Histórico (ANMCH) ou do ICOMOS Portugal – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, assim como os modelos de gestão mais integradores e colaborativos para o garante da sustentabildaide desejada destes conjuntos históricos.
Destaca-se ainda na programação da AR-PA 2025 o jantar-debate com Carlo Francini, diretor e gestor do Centro Histórico de Florença, que apresentará os desafios de uma cidade classificada de Património da Humanidade em 1982, contando uma área total de 102 km2, cerca de 370 000 habitantes, e recebendo atualmente cerca de 15 milhões de turistas ao ano.

Para além da mostra expositiva da Bienal, onde mais de 50 entidades portuguesas, espanholas, francesas, italianas, públicas e privadas, marcam presença com a divulgação dos seus projectos, a AR-PA 2025 conta ainda com um debate internacional, no qual participam representantes de Portugal, Espanha, França, Polónia e Géorgia, sobre a participação da sociedade civil na preservação e valorização do Património Cultural no modelo dos campos património.
A 8.ª edição da AR-PA celebra também a atribuição dos Prémios Património Ibérico, que distinguem e reconhecem as boas práticas em projetos, entidades e profissionais que atuam na área.

Procurando uma maior divulgação dos projetos que se candidatam, a AR-PA propõe aos 25 finalistas dos Prémios Património Ibérico que se apresentem em formato pitch, perante o júri internacional e todo o público presente, numa sessão prévia à divulgação dos vencedores desta edição.
Os Prémios Património Ibérico são atribuídos nas categorias de “Mediação“, “Comunicação“, “Touring Cultural“, “Parceria” e o Prémio Património Ibérico escolhido pelo júri de entre todos os candidatos.

Nesta edição, é ainda entregue o Prémio Património Ibérico na categoria Centros Históricos, seguindo o tema em destaque na Bienal.
OC/MP
Jornalista free-lancer






