Este jogo merece duas notas especiais. A primeira vai para Diogo Costa. Foi um “gigante” na baliza nacional, nas poucas ocasiões criadas pelos eslovenos, mas, principalmente, durante a marcação das grandes penalidades. Defendeu três seguidas, que até foram bem marcadas, o que demostra o talento do guarda-redes português. A segunda, para Vitinha. Estava a ser o melhor jogador em campo, quando o treinador – inexplicavelmente! -decidiu substitui-lo. Esta alteração tática não é muito falada porque a vitória sorriu, caso contrário, seria suficiente para “cruxificar” o técnico Roberto Martinez para sempre.
A realidade é que a primeira parte do jogo foi muito mais conseguida do que a segunda. A partir do momento em que o “homem das máquinas” – Vitinha – saiu, na segunda parte, a equipa caiu de forma abissal. Bernardo Silva não estevenos seus dias, Bruno Fernandes também não, sobravam Palhinha na defensiva e Vitinha no controlo do jogo ofensivo. Com a substituição do jogador do PSG, a Eslovénia cresceu e começou a incomodar muito mais. Má leitura de jogo por parte do técnico, salvo justificação convincente.
Mas o futebol é mesmo assim. Feito de espírito de grupo, talento, inspiração e…sorte. A jogar bem, há maior probabilidade de vencer, mas nem sempre é suficiente. Neste torneios curtos, é preciso que as equipas tenham muita paciência, resiliência e foco até ao fim. Qualquer erro pode ser fatal. E todos sabemos, futebol é momento.
O jogo com a França vai ser outro momento. Nada do que tem acontecido a ambas as seleções vai condicionar esse jogo dos “quartos”. Só podemos ter a certeza – vai ser mais uma partida de emoções fortes até ao fim. Preparemo-nos.
CRISTIANO RONALDO – “Primeiro fiquei triste, mas feliz no fim. O futebol tem momentos inexplicáveis. Tive oportunidade de resover e não fui capaz, o Oblak defendeu muito bem. Não tinha falhado nenhum “penalty” esta época e fui falhar o mais importante…Mas a equipa mereceu ganhar. E parabéns ao Diogo Costa que fez três defesas extraordinárias.”
DIOGO COSTA – “Muito feliz por ter ajudado a equipa, isso, para mim, é sempre o mais importante. Este jogos, às vezes, são cruéis; passamos muito tempo sem tocar na bola e temos de estar sempre concentrados para não cometer erros. Quero dedicar este jogo à minha família que é o meu grande suporte.”
BRUNO FERNANDES – “Merecemos ganhar, jogámos melhor do que a Eslovénia e criámos mais oportunidades. Mas precisamos de jogar mais e , principalmente, fazer mais golos. Queremos melhorar de jogo para jogo.”
Quanto ao selecionador ROBERTO MARTINEZ, foi parco em palavras, mas adiantou “Somos um grande grupo, trabalhámos muito e soubemos sofrer. A partir de agora vai sem sempre assim.”
Portugal defronta a França, nos “quartos-de-final”, na próxima sexta-feira, a partir da 20:00 ( em Portugal).
Jornalista