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Terça-feira, Novembro 18, 2025

Empresa de Cristiano Ronaldo despede jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) tomou conhecimento, com surpresa e choque, da intenção da Medialivre proceder a um despedimento coletivo, focado nos fotojornalistas, reduzindo o número de trabalhadores em órgãos de comunicação como o “Correio da Manhã”, o “Record”, o "Jornal de Negócios" e a revista “Sábado”. Anunciar um despedimento coletivo na véspera do Dia do Trabalhador, é inqualificável.

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O SJ apela a todos os jornalistas para que se mobilizem em solidariedade com os camaradas da Medialivre, e se juntem amanhã ao bloco do Sindicato dos Jornalistas na manifestação do 1º de Maio de Lisboa, que parte às 14h30 da Praça do Martim Moniz.

O SJ está chocado pela forma como este despedimento colectivo foi comunicado aos trabalhadores como um facto consumado, sem qualquer hipótese de diálogo e com pressa em dispensar estes jornalistas… e está surpreendido, já que o grupo Medialivre, que tem o futebolista Cristiano Ronaldo como maior acionista, é dos poucos em Portugal que apresenta resultados financeiros positivos.

Lamenta-se que Ronaldo (de quem a revista Forbes estima ter tido um vencimento de mais de 250 milhões de euros no ano passado) tenha comprado uma parte significativa da empresa e, logo a seguir, permita que se proceda a despedimentos. Das duas uma: ou não sabe e, enquanto maior acionista, deve clarificar a sua posição de imediato; ou sabe… e, sendo assim, fica conotado como um dos donos de mais uma empresa do sector que, ao invés de pensar o futuro de forma sustentável, faz o mais fácil e o mais básico em termos de gestão: despedimentos.

O futebolista que é, também (ou, pelo menos, assim é noticiado) um filantropo, poderia pensar nas consequências que uma situação de desemprego acarreta para uma dezena de pessoas. É que quando se é solidário à partida, pode dispensar-se a caridade à chegada.

O SJ exorta todos os trabalhadores da Medialivre a sindicalizarem-se, dando força ao sindicato para negociar em seu nome, protegendo-se pela união. É preciso força colectiva.
É urgente defender o jornalismo.

O jornal O CIDADÃO e a sua empresa proprietária, a cooperativa Pluralidades, associa-se às medidas do SJ e solidariza-se com todos os jornalistas, alvo deste despedimento colectivo.

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