O SJ apela a todos os jornalistas para que se mobilizem em solidariedade com os camaradas da Medialivre, e se juntem amanhã ao bloco do Sindicato dos Jornalistas na manifestação do 1º de Maio de Lisboa, que parte às 14h30 da Praça do Martim Moniz.
O SJ está chocado pela forma como este despedimento colectivo foi comunicado aos trabalhadores como um facto consumado, sem qualquer hipótese de diálogo e com pressa em dispensar estes jornalistas… e está surpreendido, já que o grupo Medialivre, que tem o futebolista Cristiano Ronaldo como maior acionista, é dos poucos em Portugal que apresenta resultados financeiros positivos.
Lamenta-se que Ronaldo (de quem a revista Forbes estima ter tido um vencimento de mais de 250 milhões de euros no ano passado) tenha comprado uma parte significativa da empresa e, logo a seguir, permita que se proceda a despedimentos. Das duas uma: ou não sabe e, enquanto maior acionista, deve clarificar a sua posição de imediato; ou sabe… e, sendo assim, fica conotado como um dos donos de mais uma empresa do sector que, ao invés de pensar o futuro de forma sustentável, faz o mais fácil e o mais básico em termos de gestão: despedimentos.
O futebolista que é, também (ou, pelo menos, assim é noticiado) um filantropo, poderia pensar nas consequências que uma situação de desemprego acarreta para uma dezena de pessoas. É que quando se é solidário à partida, pode dispensar-se a caridade à chegada.
O SJ exorta todos os trabalhadores da Medialivre a sindicalizarem-se, dando força ao sindicato para negociar em seu nome, protegendo-se pela união. É preciso força colectiva.
É urgente defender o jornalismo.
O jornal O CIDADÃO e a sua empresa proprietária, a cooperativa Pluralidades, associa-se às medidas do SJ e solidariza-se com todos os jornalistas, alvo deste despedimento colectivo.
Jornalista/Cartunista






