O clássico de andebol entre FC Porto e SL Benfica, disputado ontem no Dragão Arena, terminou com um empate intenso e emotivo: 27–27. Foi um duelo de nervos, equilibrado do primeiro ao último minuto, marcado por mudanças de ritmo, alternância no marcador e momentos de grande tensão competitiva – um clássico à antiga, daqueles em que ninguém quer perder… mas também ninguém consegue ganhar.
O Benfica entrou mais solto, como quem sabe ao que vem. A bola circulava com intenção, e cada remate parecia carregar um plano bem traçado. O Porto, menos inspirado nos minutos iniciais, teve dificuldades em encontrar espaços e deixou-se enredar na organização defensiva encarnada. O 10–12 ao intervalo parecia justo, embora deixasse um travo a oportunidade perdida para os dragões.
O Benfica entrou melhor no encontro, mostrando maior eficácia no ataque e uma defesa bem organizada que condicionou os movimentos ofensivos dos portistas. A bola circulava com intenção, e cada remate parecia carregar um plano bem traçado. O Porto, menos inspirado nos minutos iniciais, teve dificuldades em encontrar espaços e deixou-se enredar na organização defensiva encarnada.
A equipa encarnada controlou a primeira metade com maturidade, chegando ao intervalo a vencer por 10–12, numa vantagem que refletiu a solidez e disciplina tática demonstradas até então.
Mas o segundo tempo trouxe um FC Porto transformado e com alma combativa. Mais agressivo na defesa e mais rápido na transição, os dragões começaram a ganhar ascendente, empurrados também pelo ambiente vibrante do pavilhão. Houve momentos em que o Dragão Arena pareceu mexer com a própria dinâmica do jogo: cada defesa, cada golo e cada recuperação de bola alimentavam uma nova onda de intensidade portista, que culminou na reviravolta a meio da segunda parte. O público empurrou a equipa, e o Dragão Arena transformou-se num caldeirão de barulho e esperança.
O Benfica, porém, recusou baixar os braços. Nos minutos finais, e aproveitando algumas exclusões na defesa azul e branca, os encarnados recuperaram terreno e acabaram por restabelecer o empate, numa demonstração de sangue-frio num dos ambientes mais difíceis do campeonato.
O apito final trouxe um misto de sensações e ninguém saiu completamente satisfeito — mas também ninguém terá saído verdadeiramente derrotado. O empate não decidiu nada no campeonato, as duas equipas mantêm-se lado a lado na luta pelos primeiros lugares, mas o que realmente marcou o encontro foi o carácter exibido por ambos os lados. Houve momentos de domínio alternado, destaques individuais que fizeram a diferença e uma intensidade competitiva digna dos grandes clássicos da modalidade.
O jogo reforçou a ideia de que Porto e Benfica continuam a elevar o patamar do andebol nacional, oferecendo ao público um espetáculo onde emoção e rigor tático caminharam lado a lado.
Fotógrafo/Editor/Engenheiro Eletrotécnico






