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Domingo, Abril 27, 2025

Centro Interpretativo do Património da Afurada em Gaia inaugura exposição “Meia Laranja”

O CIPA – Centro Interpretativo do Património da Afurada nasceu da ideia da APDL (Administração dos Portos de Douro e Leixões) destinar os seus velhos armazéns a espaço museológico. Ideia que se transformou em parceria com o Parque Biológico de Gaia para em conjunto apresentarem uma candidatura aos fundos comunitários

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A Afurada é um lugar de profundas raízes históricas cujas marcas e manifestações ainda se encontram presentes no imaginário e nos traços identitários das suas gentes e dos seus modos de vida tradicionais ligados ao rio Douro e à pesca.”

É visando a proteção deste património comum e saudando o futuro que o Centro Interpretativo assume a sua missão de espaço de reflexão da totalidade do meio ambiente e da atividade humana no território da freguesia da Afurada.

Em 2013 foi inaugurado o edifício resultante do projeto dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, o qual pretendeu recriar o traço arquitetónico original dos antigos armazéns. O CIPA abriu as suas portas como espaço de exposição permanente organizada em seis núcleos: Lugar, Natureza, Terra, Vida, Mulher, Homem.

Fotografia: António Proença

A coleção do CIPA – património vivo, dinâmico e em criação constante – é composta por elementos de natureza móvel e imóvel, material e imaterial que os indivíduos, as famílias e as coletividades afuradenses vão continuamente doando.

À exposição permanente junta-se o centro documental e o espaço polivalente para realização de exposições temporárias ou outras atividades de serviço educativo ou de divulgação deste património e disseminação do seu conhecimento.

Fotografia: António Proença

No final da tarde de sexta-feira, foi inaugurada a exposição temporária “Meia Laranja” dos artistas plásticos Ana Amarante e David Lopes (i2ADS – FBAUP) com organização, coordenação e curadoria de Francisco Saraiva. De acordo com a sua sinopse, esta exposição teve como mote as cheias na Afurada e propõe-se, por um lado, refletir sobre a linha (de água, vestígio visível) como metáfora coletiva a partir da pergunta efetuada pelos artistas a alguns membros da Afurada: “Por onde passava a água?” e por outro lado, apresentar trabalhos numa abordagem antropocêntrica das cheias.

Fotografia: António Proença

A cor vermelha enquanto cor central e integrada nos objetos artísticos e na própria exposição, procura despertar o sentido de emergência e perigo, inerentes às cheias e, simultaneamente, afirmar-se como uma tentativa de resposta à questão: “Como pode a produção artística contemporânea ser responsiva ao espaço em que se integra?”
Esta exposição estará patente no CIPA, na Afurada, em Vila Nova de Gaia, até setembro.

Texto de Maria João Coelho e fotos de António Proença

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