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Quinta-feira, Março 27, 2025

Caldas da Rainha – Feira de Militaria foi um sucesso

Durante dois dias, as Caldas da Rainha receberam centenas de pessoas que se interessam pelo colecionismo militar. Outros deslocaram-se para se reencontrar amigos dos tempos em que cumpriram as suas obrigações militares. Muitos deles ex-combatentes da guerra colonial ou ex-militares das tropas especiais: comandos, paraquedistas, fuzileiros e rangers.

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João Pais do Amaral, responsável pela 2.ª Edição da Militaris, que teve lugar no passado fim de semana na Expoeste, nas Caldas da Rainha, disse a O Cidadão que o certame excedeu todas as expectativas: “O número de visitantes confirma que a segunda edição da Militaris foi um sucesso. Ou seja, ficou comprovado que existem muitas pessoas interessadas por materiais militares. Os expositores também saíram satisfeitos das Caldas da Rainha. O que é muito bom.”

Joao Pais do Amaral
João Pais do Amaral já sonha com a próxima Militaris em 2025. Foto de JOSÉ PEIXE

Os amantes e colecionadores de objectos militares que decidiram deslocar-se até às Caldas da Rainha não se sentiram defraudados. Mataram saudades de antigos veículos e puderam comprar alguns objectos para as suas colecções particulares.

“Ainda estive hesitante se devia fazer a viagem até às Caldas da Rainha, mas quero dizer-lhe que valeu a pena ter feito esta aposta. Acabei por comprar alguns objectos que me despertaram à atenção. Também levo daqui dois livros que vou ler nos próximos tempos. E ainda tive a oportunidade de encontrar-me com um amigo dos meus tempos de militar no exército. Foi maravilhoso!”, afirmou Mário Semedo, natural de Lisboa.

Para o tenente coronel Orlando Peres, “este certame dedicado a objectos militares não interessa apenas e só às pessoas que são colecionadores e apaixonados pela militaria. Esta feira serve para muitos ex-militares matarem saudades e reencontrar amigos. Acaba por ser um lugar que permite muitos reencontros. Isso é bonito.”
Quem quiser matar saudades de algumas viaturas dos tempos da II Guerra Mundial ou quiser comprar algum adereço militar, revistas e livros, medalhas antigas, autocolantes, espadas e fardas poderá fazê-lo aqui. Quando aqui cheguei lembrei-me dos tempos em que fui militar e da Feira da Ladra em Lisboa, onde eu ia periodicamente com alguns colegas. Esta feira acaba por se transformar no epicentro de todos aqueles que apreciam objectos de militaria”, esclareceu Orlando Pedro.

José Manuel Couto, presidente da “Casa das Beiras” de Lisboa explicou porque decidiu marcar presença neste certame do Oeste: “A Casa das Beiras esteve aqui na Militaris para promover a cultura e o regionalismo beirão. Mas também levamos a cabo outras iniciativas que acabam por fazer a diferença. Fizemos uma exposição de escultura e apresentamos um romance de um autor que é militar. Acho que no próximo ano vamos marcar presença outra vez e com um programa mais abrangente. Outras casas regionais e associações também deveriam marcar presença numa feira que tem vindo a conquistar cada vez mais público.”

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Os expositores sairam das Caldas da Rainha satisfeitos. Foto de JOSÉ PEIXE

Mas à parte da militaria este certame também contou com alguns eventos dedicados ao regionalismo, debates, palestras, apresentação de livros e gastronomia. O que de certa forma acabou por deitar por terra alguns preconceitos pré-concebidos de que esta área é apenas e só para militares.
Eu não fui militar e não me considero um militarista, mas confesso que estou satisfeito por ver alguns materiais expostos, nomeadamente pequenos brinquedos, alguns livros e objectos que marcaram a minha juventude. É importante que esta feira continue no próximo ano, pois tem todas as possibilidades de conquistar cada vez mais público”, afirmou Teresa Domingos, natural de Alcobaça.

João Pais do Amaral não tem dúvidas quanto ao futuro da Militaris. “Os números falam por eles mesmo. Conseguimos mais expositores este ano e mais público. Para o ano contamos atrair mais pessoas e expositores de outras áreas que não sejam apenas objectos ligados à militaria. Espero que outros empresários da área gastronómica, editorial e comercial aceitem o desafio para estar presentes na 3.ª edição da Militaris.”

Ou seja, tudo leva a crer que em 2025 os amantes da arte militar e do colecionismo podem contar com esta feira que poderá atrair novos expositores e uma lista de eventos completamente inovadores.
“Saio daqui muito satisfeito e vou envidar esforços para que no próximo ano a Militaris possa ser ainda melhor!”, afirmou à nossa reportagem João Pais do Amaral.

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