O FC Porto venceu hoje o Nacional, por 1-0, no Estádio do Dragão, em encontro que dominou de forma veemente, mantendo o pleno de vitórias e a liderança isolada da I Liga de futebol à quinta jornada.

Após a interrupção do calendário para os jogos das seleções, os “azuis e brancos” retomaram o campeonato na máxima força, com a grande penalidade cobrada por Samu, aos 31 minutos, a carimbar o triunfo.
Apesar da “magra” vantagem, os ‘dragões’ criaram diversas oportunidades de golo, principalmente na segunda parte, ficando o resultado a dever-se sobretudo à ineficácia portista no momento da finalização.
O FC Porto já não arrancava o campeonato só com triunfos nas cinco jornadas inaugurais há oito temporadas e não assumia uma liderança isolada da tabela classificativa desde o final da época 2021/2022.
Por sua vez, o Nacional mantém-se pelos quatro pontos na I Liga, numa altura em que ocupa a 12.ª posição e não conseguiu dar sequência à vitória da última ronda, em Rio Maior, diante do Casa Pia (2-0).
Fustigados por várias lesões, os portistas apresentaram-se com diversas alterações forçadas face ao ‘clássico’ frente ao Sporting, da anterior jornada – Pepê e Samu regressaram ao ‘onze’, Pablo Rosario assumiu o lugar do indisponível Alberto Costa e Jakub Kiwior fez a sua estreia absoluta como titular.

Do lado dos madeirenses, o técnico Tiago Margarido optou apenas por introduzir Pablo Ruan, retirando Witi Quembo, promovendo sobretudo a continuidade em relação ao último alinhamento.
Os anfitriões entraram de forma bastante intensa, pressionando de forma agressiva o Nacional, que não teve argumentos para subir no terreno, mas conseguiu ter alguma capacidade para diminuir o habitual número de oportunidades concedidas aos portistas.
Rodrigo Mora não ficou longe de marcar aos 11 minutos, num remate em boa posição, à entrada da área, que passou perto da barra da baliza defendida por Lucas França.
À passagem da meia hora, Borja Sainz foi pisado por João Aurélio no interior da área dos madeirenses e Samu, chamado à conversão da marca dos 11 metros, enganou o guarda-redes para fazer de forma segura o único tento da partida, o terceiro da conta pessoal no campeonato.
Com um bloco defensivo muito coeso – mas recuado -, os visitantes foram praticamente inexistentes do ponto de vista ofensivo, mas até ao intervalo o FC Porto também não conseguiu muitas aproximações à baliza contrária para obter um resultado mais confortável.

Na segunda parte, voltou a faltar alguma criatividade no ataque organizado aos portistas, que, ainda assim, conseguiram criar bastante perigo em transições, quando o Nacional começava a assumir alguns riscos na procura pelo empate.
Pepê, aos 73 minutos, falhou de forma clamorosa o 2-0, tendo-se isolado frente ao guardião do Nacional, a partir de uma situação de contra-ataque, acabando por atirar muito por cima.
O internacional brasileiro teve nova grande oportunidade uma dúzia de minutos depois, após um excelente lance individual, em que ‘sentou’ dois adversários, mas voltou a mostrar pouca frieza no momento determinante.
Por fim, Gabri Veiga, que substituiu Rodrigo Mora no decorrer da segunda parte, protagonizou também ele uma grande falha em frente ao guarda-redes, a dois minutos do final do tempo regulamentar, depois de ter sido isolado por Denis Gül, novamente em transição.
Apesar do sobressalto das bancadas nos minutos finais, o Nacional nunca conseguiu criar oportunidades, até final, que deixassem em causa a vitória portista pela margem mínima.
Nota para Nehén Perez, do FC Porto, que pode ter contraído lesão grave no Tendão de Aquiles. O jogador será reavaliado amanhã para saber mais pormenores e que tempo terá de paragem.

Neste início de campeonato as lesões têm sido uma “praga” ( para citar Farioli) – Martim Fernandes, Gabri Veiga, De Joong, William Gomes, Eustáquio, Pepê, Alberto Costa, Francisco Moura, Diogo Costa, Samu e agora Nehuén Pérez têm sido “clientes” do Gabinete Médico. Situação anormal e que preocupa, naturalmente, o treinador do FC Porto e os seus dirigentes e adeptos.

Estádio do Dragão, no Porto.
Ao intervalo: 1-0.
Final: 1-0
Marcadores: 1-0, Samu, 31 (grande penalidade).
FC Porto: Diogo Costa, Pablo Rosario, Bednarek, Kiwior, Francisco Moura (Zaidu, 55), Froholdt, Alan Varela (Nehuén Pérez, 55, Eustáquio, 60), Rodrigo Mora (Gabri Veiga, 55), Pepê, Samu (Deniz Gül, 86) e Borja Sainz.
Treinador: Francesco Farioli.
Nacional: Lucas França; João Aurélio, Léo Santos, Zé Vítor, José Gomes, Liziero (Filipe Soares, 74), Matheus Dias, Laabidi (Joel Silva, 74), Paulinho Bóia (Lucas João, 84), Jesús Ramírez, Pablo Ruan (Witi, 63).
Treinador: Tiago Margarido
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: cartão amarelo para João Aurélio (27), Tiago Margarido (66), Laabidi (70), Gabri Veiga (76), Samu (80), Zé Vítor (90+1), Léo Santos (90+7).
Assistência: 47.285 espetadores.
OC/António Proença

Fotógrafo/Editor/Engenheiro Eletrotécnico