É já amanhã que arranca a inciativa, com a Peça, “O Velório”, apresentado pelo Grupo Cénico da Paróquia de Oliveira do Douro. E fica assim aberto o caminho para os restantes grupos, 10 na totalidade, que apresentarão 11 peças, uma vez que há sessão dupla.
Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividade de Vila Nova de Gaia, satisfeito com a relaização do evento por coincidir como o 25º aniversário da Federação, alertou para as dificuldades que, hoje, os “amadores” atravessam até levarem a peça à cena – “Não podemos esquecer das exigências que são feitas às coletividades e que são muitas; quer junto da Sociedade Portuguesa de Autores quer no Instituto de Actividades Culturais com a classificaação etária das peças. São ainda obrigadas a registar-se no site do registo promotor de espetáculos. E tudo tem custos elevados”
O que incomoda também Paulo Rodrigues é a insensibilidade das instituições públicas, não terem em conta que as realidades do teatro amador e profissional são muito diferentes – “Tratam os amadores e profissionais de igual forma. Exigem-lhes o mesmo. Custa-me ver que o movimento associativo popular, ao fim de 50 anos de democracia, continue a viver estas situações.”
“Não faz sentido que as coletividades tenham de deixar de realizar os seus eventos por condicionalismos financeiros, devido a custos elevados. Os dirgentes associativos, que contribuem tanto para a cultura deste país, não mereciam este tipo de tratamento.” – concluiu o presidente da federação gaiense.

Auditório Municipal Eduardo Brazão
O diretor dos auditórios municipais, Manuel Filipe, alertado para o facto de no próximo ano serem mais grupos a participar no Festeatro, colocou à disposição da organização o antigo Cineateatro Eduardo Brazão, em Valadares, que já é também auditório municipal – “É com grande prazer que recebemos no nosso auditório as coletividades de Gaia e, no próximo ano, caso a participação aumente, pode ser utilizado o Cineteatro Eduardo Brazão, também auditório municipal, um edifiício com 96 anos e muito belo sob o aspeto artístico e arquitetónico – disse.
Segundo Paulo Rodrigues, o Festeatro tem lugar em fevereiro e março porque “em outubro e novembro coincidia com muitos eventos eventos teatrais.”
De salientar ainda a pesença de grupos infantis e do INCENA, de Canelas, um dos grupos presentes que trabalha o teatro de inclusão.
Vereadora Paula Carvalhal apela à pesença do Público

“O Teatro não m se faz sem pessoas a assitir. Se não houver público também não há teatro, por isso, apelo a que toda a gente venha ver e aplaudir estes grupos. É uma forma de os incentivar e, ao mesmo tempo, apoiar a divulgação da cultura no concelho.” – Paula Carvalhal, vereadora da Cultura da Câmara gaienses falava no final da conferência de imprensa de apresentação do evento.
Paula Carvalhal oferece, em nome do município, todo o apoio à organização e afirma que a cultura em Vila Nova de Gaia não se esgota com o Festeatro, “pois todo o ano há eventos culturais importantes na cidade e freguesias.”
Reportagem de Alberto Jorge Santos (texto) e António Proença (fotos)

Jornalista